domingo, 27 de setembro de 2015

DESESPERO É A MARCA - RAPPHAEL CURVO


Rapphael Curvo

Rapphael Curvo

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Acho que nada há mais a fazer. O Brasil mostrou sua cara e ela é de aparência muito sem vergonha, daquela que é, mas não tem coragem de se mostrar. Estou sendo agressivo ou estou sendo verdadeiro? Responda leitor, em sã consciência o que você pode esperar mais? Qual a alternativa para nós depois de tudo que vem acontecendo até mesmo com a justiça brasileira? A verdade leitor, é que as Instituições do Estado brasileiro, Executivo, Legislativo e Judiciário se vergaram a podridão, bebem da mesma fonte e comem do mesmo prato. Estão se lixando para o momento que vive a população e o Estado. Querem a manutenção do que aí está porque para cada membro dessas Instituições lhe é conveniente. Não há em curto prazo uma solução e, infelizmente, aqueles que vão receber toda a carga desses desmandos não reagem, estão entregues a um mundo virtual e simplesmente não se deram conta de que o mundo real terá um alto custo a sua vida. Onde está a juventude deste Brasil? Nem a “ditadura” militar provocou tanta alienação. O perigo é que na hora que se der por conta do que é o País que vive, seja tarde demais. Bem pensando, é uma alienação geral e irrestrita. O povo se rendeu aos fatos e a ação do bando nos assaltos ao seu dinheiro.

Tesoureiro, aliás, tesoureiros presos e homens da cúpula do partido, condenados por desvios e atuação criminosa na arrecadação de dinheiro para a campanha do Partido dos Trabalhadores e nada acontece a Dillma e ao PT. O pior é que várias personalidades políticas e jurídicas alegam não existir provas consistentes de que foi usado dinheiro sujo na campanha das eleições de 2010 e 2014. Foram bilhões desviados em contratos fraudulentos aos montes depositados na conta do PT e tudo isso não é cabível como prova, e o partido do bando diz que arrecadou dentro das normas legais, mas não fala da fonte. É o mesmo que você, leitor, assaltar um banco e, como dirigente do partido, doar o dinheiro. Os fraudadores e corruptores já delataram quase tudo e nada acontece. BNDES emprestando dinheiro com juros menores do que tomou do Tesouro Nacional e isso não é motivo de investigação firme e de
prestação de contas do governo. É um dinheiro que é emprestado a empresas privadas, é dinheiro que sai do bolso do povo e praticamente doado sob a justificativa de desenvolver e dar dinâmica a economia do País. Uma aberração.

Faltavam as cerejas do bolo nessa história toda, a PGR e o STF. Até a PGR – Procuradoria Geral da República está no rolo dos malfeitos, via favores. O Procurador Geral reluta em mandar investigar a presidente que tem dedos na Petrobras com a refinaria de Pasadena – USA e de campanha eleitoral. O presidente do Senado Renan Calheiros está nessa cota de proteção. Agora foi a vez do Eduardo Cunha se acertar com o Lulla para que ambos salvem suas peles. Isso deve ter custado uma baba, alguns falam em bilhões. Ele vai apresentar o pedido, só que será recusado por falhas processuais. Lulla sabe que se aceito e enviado ao Senado o pedido de impeachment, é muito provável que a população se inflame e saia de vez às ruas pressionando o Congresso, Senado especificamente, que não resistirá pela sua aprovação.

O STF – Supremo Tribunal Federal, oficializou o caixa 2 nas campanhas ao não aprovar a contribuição empresarial sob argumento de que é a fonte da corrupção. Só é porque permitem. Atos simples como obrigar que a contribuição seja depositada em conta bancária, fiscalizada pelo TRE, até o primeiro dia de oficialmente instalado o período de campanha eleitoral, já seria um controle dos mais eficientes. Após esse período, qualquer depósito em qualquer lugar e conta, seria ilegal e passível de cassação de candidatura e penalização do depositante com prisão. Seguir o dinheiro não é difícil, chega-se fácil aos atores. Não ficam aí as façanhas da Suprema Corte. Estão desmantelando a Lava Jato com o fatiamento das ações ao distribuir os processos aos mais variados tribunais federais. É uma forma que encontram os ministros admiradores do bando em protelar o máximo que puderem as definições dos julgamentos. Sabemos que da Lava Jato vem uma avalanche de figuras carimbadas do governo e PT para serem julgados e o Juiz Federal Sérgio Moro tem sido leal aos mandamentos da lei e nas suas sentenças de condenações. A dureza das penas tem feito muitos permanecerem em claras noites por vários dias, inclusive em lágrimas como Lulla, e isso tem sido noticiado nas redes. Essa medida de fatiamento é um achado para abrandar ou tentar criar um duto de escape a esses bandidos. Pena que o último bastião da decência caiu. O desespero é a marca.


Rapphael Curvo

Jornalista e Adv. Rapphael Curvo

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