domingo, 3 de agosto de 2014

O Hamas é o califado do malandro-agulha: espeta os outros, mas ele é quem leva no buraco…

Conhece o malandro agulha? Espeta todo mundo, mas no fim é ele que acaba levando no furo….
O  bom povo árabe está sendo contaminado, em sua imagem, pelo malandro-agulha do Hamas. O tiozinho da esquina já acha que Hamas é igual a árabe: o populacho nivela por baixo.
Hamas em árabe significa zelo ou entusiasmo. O vocábulo entusiasmo tem uma presença significativa no nosso panteão pop: é falando: “Enthusiams” que, numa cena de Os Intocáveis, Robert de Niro, como mafioso, reduz ao sonho ruim de alguém, com golpes de taco de beisebol, o cérebro de um traidor. Confira a cena:
Nosso vocábulo “entusiasmo” procede do grego. E significa “ter deus dentro de si”.
O grupo terrorista Hamas procura ter um deus dentro de si que corresponde ao diabo.
O Hamas é considerado como grupo terrorista pelo Canadá, União Européia, Israel, Japão e pelos EUA. Austrália e Reino Unido consideram como organização terrorista somente o braço militar da organização , as Brigadas Izz ad-Din al-Qassam. Brasil (pátria dos cordiais) Rússia (pátria dos mafiosos), África do Sul (terra do apartheid) e Noruega  (terra dos deslumbrados e culpados) não consideram o Hamas uma organização terrorista.
Os Hamas são terroristas errantes.
rei Abdullah fechou a sede do Hamas na Jordânia e expulsou seus líderes.
Em maio de 2011, o líder do Hamas Ismail Haniya condenou a operação norte-americana que matouOsama bin Laden, responsável pelos Ataques de 11 de setembro de 2001, denominando bin-Laden de "guerreiro sagrado", e a operação como um assassinato.
“É Tutto fango”, (é tudo lama), notava Carducci.
Maiores odiadores de judeus, financiados pela tilintantes da Síria e do Irã, o Hamas sunita e o Hezbollah xiita têm sido aliados.
Em 25 de julho passado Grupo islâmico xiita Hezbollah anunciou apoio ao Hamas nas ofensivas de Israel à Faixa de Gaza. A crise começa aí.
Desde o início de 1990, quando Israel exilou a liderança do Hamas no Líbano, os dois grupos têm mantido elos que moldam o Oriente Médio.
Esse bando de saqueadores são o restolho, o rebotalho, que sobrou da tão falada Primavera Árabe, iniciada em 2010.
O que foi a Primavera Árabe? (http://pt.wikipedia.org/wiki/Primavera_Árabe) Foi a queda dos ditadores árabes colocados ali, pelos EUA, para evitarem o crescimento do comunismo no Oriente Médio.
É famosa a frase de Franklin Delano Roosevelt: que, ao apoiar o primeiro ditador nicaraguense Somoza, dizia a seus assessores “ele é um grande filho da puta, mas pelo menos é o NOSSO filho da puta”(our s.o.b.,  son of a bitch).
Os FDP’s que os EUA apoiaram a vida toda caíram com a Primavera Árabe. No vácuo, os espaços foram preenchidos pelois criminosos do Hamas et caterva.
É a clássica indagação latina: cui bono? (quem lucra com isso?)
O Hamas fez do ódio ao judeu um taxímetro. É o mesmo que sequestradores latino-americanos (como os de Abilio Diniz) faziam nos anos 80: usavam seus passados de comunistas para disfarçar um puro negócio, com tintas ideológicas do velho blá-blá-blá do combate ao capital).
Os judeus, mais uma vez, estão sendo usado por bandidos que cultivam o ódio a eles para ganhar dinheiro.
O fato de os maiores gênios da humanidade terem sido judeus não fica barato para essa gente. Esse ódio ao sucesso alheio, na filosofia de Schpenhauer, tinha um nome: Schadenfreude, (http://pt.wikipedia.org/wiki/Schadenfreude )
O Hamas apenas busca uma carteira recheada.
Vejamos: Hassan Nasrallah, o secretário-geral do Hezbollah, sempre lembra aos palestinos que na guerra Israel-Hezbollah de 2006 e na Operação Chumbo Fundido em Gaza (2008-2009), a Síria forneceu armas a ambas as organizações como nenhum outro Estado árabe.
O Hamas procura quem lhe pague: não importa quem. Odiar judeus é uma desculpa para fazer negócios sujos (bahane, em árabe). Odiariam a eles mesmos, se alguém lhes pagasse para tal…
O Hamas vai de déu em déu, buscando grana. Por exemplo: em dezembro de 2011, o Hamas fez um movimento hollywoodiano  para mover seu escritório político da Síria ( estava lá desde o 1999)– para o Qatar, (de resto um repassado financiador dos rebeldes sírios), e também e para o Egito pós-Mubarak, apostando numa onda de ódio contra judeus alimentada pela Irmandade Muçulmana.
A febre do Islã
Há um problema bem maior de esses canalhas ressusciterem o neonazismo: eles estão destruindo também a imagem do islamismo
A grande verdade é que as minorias de todo o mundo estão se convertendo em massa ao islamismo, de resto a religião que mais cresce no planeta, com 1,5 bilhão de adeptos. Em 25 anos, ou seja, em uma geração, a cultura europeia, como a conhecemos, começará a ser varrida do planeta: tudo porque, a cada 25 anos em média, uma mulher europeia gera 1,3 filho e uma mulher muçulmana entre seis e oito filhos. É óbvio que a direita americana quer fazer crer ao mundo que essa nova cultura será do talibanato. Eis a nova farsa contra a qual a humanidade tem de lutar. Quando o arcanjo Gabriel começou a aparecer para o profeta Maomé, no ano de 610, diz a tradição islâmica, uma das prédicas reveladas dava conta de que o profeta deveria promover um grande jihad em prol de estabelecer no mundo uma grande UMA, comunidade pacífica em que todos são iguais independentemente de etnia, religião ou nacionalidade. Quando Cassius Clay ganhou o cinturão mundial de boxe em 1968 e o teve confiscado por se negar a ir ao Vietnã, ele se converteu justamente à UMA. E assim, já cidadão do mundo, pois a UMA se supõe supranacional, reconquistou o título mundial dois anos depois com o nome de Mohamed Ali – na tentativa que hoje empolga as fantasias de todas as minorias do mundo: o igualitarismo pelo sentimento de supra-nacionalidade.
A direita norte-americana traduz “jihad” como “guerra santa aos infiéis” e não no seu significado original, que é algo parecido com “esforço”. Talibãs subscrevem que jihad é “guerra santa contra os infiéis”. Naquele distante ano de 610, o arcanjo Gabriel também notou ao profeta Maomé que “só há um deus que é Alá e Maomé é seu profeta”. Destruindo a linguagem original, destecendo significados em prol de loucuras, talibãs e xiitas dizem que os infiéis são os católicos, porque admitem a trindade (Pai, Filho e Espírito Santo), e que portanto estariam combatendo ferozmente o conceito de que “só há um deus que é Alá”. Talibãs e xiitas também referem que judeus merecem ser combatidos porque se auto-regulam como “o povo escolhido de Deus” – o que iria radicalmente contra o conceito igualitário da UMA.
Lembremos: desde a saída de Israel do Líbano em 2000, xiitas não cometeram mais atentados suicidas.Vou lembrar de uma claríssima exploicação do jornalista  e expert Gustavo Chacra:
“Não há nenhum xiita preso em Guantánamo. Nenhum xiita integra a rede terrorista Al Qaeda. Quando ocorreu o recente atentado em Boston, ninguém desconfiou de xiitas – e os suspeitos não são mesmo seguidores desta vertente do islamismo.
O terrorismo, neste caso, acabou se tornando mais comum entre os sunitas nas últimas décadas. O Taleban, o Hamas, Bin Laden e a Al Qaeda são sunitas, não xiitas. A Arábia Saudita, que possui um Apartheid contra as mulheres, também é sunita. Todas as monarquias travestidas de ditaduras no Golfo Pérsico são controladas por sunitas.
Os EUA ajudam
Veja você que todos os assessores de imprensa da Casa Branca nos últimos 25 anos têm uma profunda formação nos vagidos da dita neurolinguística: são os chamados “spin doctors”. Logo depois do ataque às torres gêmeas, o presidente George W. Bush começou a mostrar ao mundo as fotos de 19 terroristas que planejaram os ataques. O truque é simples: e é baseado no conceito de Martin Heidegger a diferenciar medo de angústia. O medo se constrói sobre um objeto palpável, seja o tubarão de Spielberg ou o terror de Jason. A angústia, refere o filósofo, se erige sobre o nada (por isso que os ventos e sussurros de “Bruxa de Blair” fizeram tanto sucesso em Hollywood. Eles eram a expressão do nada). A humanidade paga o que for para seguir o líder que lhe tire o sentimento de angústia e lhe coloque no sentimento de medo. Gostamos, de resto, de um medo para chamar de nosso e de um bode expiatório sobre o qual possamos lançar nossas adagazinhas.
Veja você também, retomando, que num primeiro momento o George W. Bush do 11 de setembro nos mostrava as 19 potentes fotos dos terroristas: estava nos dando um objeto fóbico, algo palpável, a figura do “terrorista”. Num segundo momento, um mês depois do ataque, o discurso de George W. Bush, sob conselho dos “spin doctors”, retira o objeto fóbico: Bush deixa de falar o vocábulo “terrorista” e bota no lugar dele a palavra “terrorismo”. É quando entra em cena o vocábulo “terrorismo” que a situação fica feia. Porque era o sinal verde para que se invadisse qualquer país em busca do “terrorismo”: a farsa que foi a invasão do Iraque, em busca de armas nucleares, foi antes de tudo um golpe e linguagem ( “talvez a história universal seja a história da vária entonação de algumas metáforas”, notou Jorge Luis Borges).
A nova guerra é a da linguagem e suas nuances. O vocábulo “terrorismo” serve a todos, porque prescinde de um objeto palpável. Ou como notou Pascal “uma esfera terrível, cujo centro está em toda a parte e a circunferência em nenhuma”.
Os atentados do Hamas não são apenas contra os judeus: são contra o Islamismo.
Como se diz,  agora “é um palito” para que a política externa dos EUA procure, novamente, “terrioristas islâmicos” onde os interessar.
Afinal, agora o terrorismo, como sob Bush, volta a ser ““uma esfera terrível, cujo centro está em toda a parte e a circunferência em nenhuma”.

Claudio Julio Tognolli é jornalista há 35 anos e já passou por “Veja”, “Jornal da Tarde”, “Caros Amigos”, “Joyce Pascowitch”, “Rolling Stone”, “Galileu”, “Consultor Jurídico”, rádios CBN, Eldorado e Jovem Pan e “Folha de S. Paulo”. Ganhou prêmios de jornalismo e literatura como Esso e Jabuti. É diretor-fundador da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) e membro do ICIJ (International Consortium of Investigative Journalism). Professor da ECA-USP, escreveu 12 livros.

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