quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Toffoli pense o que quiser; só não vale nos iludir


Dias Toffoli tem o direito de pensar o que quiser. Mas acho que não deveria tentar nos iludir. Citando uma reportagem do G1, demonstra que o PT — que o fez ministro do Supremo — é o partido que mais obteve financiamento de empresas na eleição passada. Com isso, pretende o quê:
a) criar a impressão de que o fim do financiamento privado não é do interesse do partido;
b) chamar a atenção para o fato de que ele, Toffoli, não está dando um voto no melhor interesse de quem o nomeou — é um dado objetivo; não é questão de gosto.
Ocorre que:
c) o PT patrocina hoje a emenda que institui o financiamento público de campanha;
d) é o partido que mais recebeu doação de empresas porque está no poder; é o usual, diga-se.
Acontece que, com a legislação atual, as demais siglas têm a chance de se financiar. Se e quando vier o financiamento público, estarão limitadas ao desempenho na eleição anterior. Logo, o partido que hoje está na frente conservará essa vantagem.
Por Reinaldo Azevedo

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