Helio Fernandes
Qualquer análise desse primeiro leilão do pré-sal, NO MUNDO, não pode ser otimista. Até pelo contrário, o que fica evidente é o fracasso. Uma riqueza colossal que ninguém deseja, não pretende explorar, não faz o menor esforço para vender? Incompreensível. As americanas e inglesas ficaram de fora, não explicaram nada.
Só a partir das últimas 48 horas, começaram a falar na participação da Shell. Mesmo hoje pela manhã, não havia certeza. E a própria Shell entregou sua proposta quando faltavam 5 segundos para terminar o prazo, esse tempo apenas o possível ou necessário para deixar o envelope cair na urna.
Esse tempo mostrou: a Shell não estava interessada em vencer, apenas em participar com 20 por cento. Se quisesse ganhar sozinha, bastava oferecer à União, 41,7%. Surpresa total: a presença da francesa Total, ninguém falava nela. Igual à Shell, ficou nos últimos segundos, idem, idem, para participar e não para ganhar. Talvez não tivessem capital para mais.
PETROBRAS E CHINA
A brasileira, que tem obrigatoriamente 30 por cento dos lucros, “sentiu” a falta de interesse e de concorrência “comprou” mais 10%. Podia ter comprado os 57,3%, ficaria absoluta, compensaria todos os erros e equívocos.
As chinesas, duas estatais, compraram 10% cada. Por que não entrar com uma, com 20%? Questões internas.
Burrice total, mais burocracia e desperdício de recursos: criaram uma nova empresa, que vai representar a própria Petrobras? Por quê?
Mas ainda há muito mistério a ser desvendado ou decodificado por algum mágico do mercado.
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