Carlos Newton
Sob a alegação de que está “acostumado a ocupar ruas e espaços públicos, em seus protestos”, o movimento sindical anuncia que passará a se integrar aos grandes atos em São Paulo e outras cidades.
Nesta sexta (21), o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo (filiado à Força Sindical) realiza manifestação com trabalhadores de várias metalúrgicas da capital, em solidariedade ao movimento “Passe Livre”. Será a partir das 8 horas, na Avenida Arno, 146, na Mooca.
A direção do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo e Região alega que foi “procurada por um jovem líder das manifestações”, e então também decidiu “participar de atos no ABC, levando para as mobilizações palavras de ordem sindicaleiras, como fim do Fator Previdenciário e jornada de 40 horas”.
Miguel Torres, líder dos Metalúrgicos de São Paulo, argumenta que “os trabalhadores também reivindicam transporte de qualidade, redução da tarifa e melhoria da mobilidade na cidade”.
O próprio presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT), Paulo Cayres, informa haver orientado as entidades filiadas a se integrar às mobilizações. Ele diz: “Acho que o povo está certo. Numa democracia tem de ser assim. Só não gosto da falta de liderança”.
É claro que isso não vai dar certo. Da mesma forma que aconteceu esta quinta-feira, com o repúdio dos manifestantes e os desentendimentos com militantes do PT e da CUT que se infiltraram nas manifestações, os líderes sindicais também serão repelidos, podem apostar.
E o Sindicato de Lula, em São Bernardo? Dizer que a direção da entidade foi “procurada por um jovem líder das manifestações” deve ser considerado a piada do ano.
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