domingo, 3 de março de 2013

AGRESSÃO AO COLUNISTA MERVAL PEREIRA -Os inimgos dos Radicais de Mauá estão em Brasília


Jorge Bastos Moreno - 
3.3.2013
 | 
14h56m

Não dá para esconder o sol com a peneira. Foi grave, gravíssimo, o incidente ocorrido entre fanáticos defensores  do 'mensalão" e o colunista Merval Pereira, na última sexta, na inauguração do museu Mar, na praça Mauá, que contou com a presença da presidente Dilma Roussef e de outras autoridades.
Há praticamente dois anos de uma campanha presiencial, o episódio, além da sua gravidade em si, não é nada auspicioso.
Por pouco, o jornalista não foi linchado pela turba. Nem ouso imaginar as consequências disso para a democracia. Mas não é preciso ser vidente para concluir que a violência estúpida e imbecil atingiria primeiro os condenados pelo STF, Lula, Dilma daí por diante.
Tenhoa autoridade testemunhal para dizer que Lula não aprova o radicalismo que se desenha agora nas ruas. No primeiro debate eleitoral da primeira campanha presidencial pós-ditadura, na própria cidade do Rio, uma turba de vândalos à epoca rotulados de "brizolândia", fora à porta da extinta TV Manchete, armada de pedras e paus, para bater no candidato Collor. Na ausência do alvo e, para não perder a viagem, os manifestantes partiram para a cima do então candidato do PMDB, Ulysses Guimarães. Foi aí que vi a coragem de Lula. Ágil como um bicho o petista protegeu Ulysses com o seu próprio corpo e chamou os vândalos para a briga:
--- Covardes! Batam em mim, mas não batam num velho! Vocês são tão ignorantes que não sabem nem quem é Ulysses Guimarães.
A "brizolândia" não sabia, mas Brizola sabia, tanto que é memorável seu discurso em homenagem a Ulysses Guimarães.
É sempre assim, os áulicos sempre querem ser mais realistas do que o rei.
A coragem física de Lula, naquele instante, me fez lembrar do nosso último ditador, o general Figueiredo.
Saibam os radicais da praça Mauá que nem a ditadura, nos seus extertores, endossava o radicalismo de rua dos seus seguidores. Caros  Radicais de Mauá, seus inspíradores do Riocentro, das bombas na OAB, nas bancas de revistas, redações de jornais, residências de democratas, também começaram assim como vocês. Quando chegaram ao auge, Figueiredo, como Lula, também desafiou os radicais:
" Dirijo-me aos facínoras ensandecidos para que atirem suas bombas sobre mim e parem de matar inocentes".
O radicalismo cretino nunca defende uma boa causa. Os radicais do Riocentro queriam a perpetuação da ditadura para evitar a liberdade de imprensa. Os vândalos da praça Mauá querem destruir a democracia para que regime semelhante possa tentar o mesmo que seus inspiradores do Riocentro.
A "mensalândia", como a "brizolândia" que atacou Ulysses, também errou de alvo quando tentou agredir Merval Pereira. Os inimigos dos governos do PT estão dentro do próprios governos do PT, ditando regras, roubando e chantageando os governos do PT. Eles estão em cargos chaves com o apoio e votos do PT. Eles condenam a liberdade de imprensa e processam jornalistas.
Talvez até estejam por trás de vocês, turba de Mauá. Cegos, talvez vocês não enxerguem que quem manda no país hoje são os mesmos que processam Merval Pereira. Perguntem par Lula e Dilma o que os dois acham deles. E aí saberão que o gesto contra Merval não foi apenas estúpido e imbecil, mas, sobretudo, inútil. Os  inimigos estão lá em Brasília.

Nenhum comentário:

Postar um comentário