Welinton Naveira e Silva
Todo produto e serviços existentes no mundo, dos mais simples aos complexos – roupas, calçados, móveis, aparelhos elétricos e eletrônicos, casas, apartamentos, estradas e ruas, pontes, carros, instalações de esgotos, combustíveis, usinas hidrelétricas, aviões, navios, alimentação, limpezas, segurança, saúde e mais incontáveis outros – todos são produtos, riquezas oriundas do trabalho do homem.
Nada aparece por encanto. Tudo vem do trabalho do homem. Assim sendo, seria de supor que todos os trabalhadores integrantes dessa gigantesca e sofisticada malha produtiva de riquezas estivessem muito bem de vida.
Moralmente, essa seria a lógica esperada, ver os trabalhadores com direito a boa saúde, boa alimentação, boa educação, lazer, justiça, segurança etc. Mas na estrutura capitalista não é bem assim. Os responsáveis por todas as riquezas – os trabalhadores – continuam pobres e vivendo muito mal.
Continuam onde sempre estiveram, salvo uma minoria de trabalhadores, privilegiados por questões políticas e ou por especialidades valorizadas. A grande maioria dos trabalhadores fica com muito pouco da riqueza produzida, relegados a cidadão de terceira classe, carentes de tudo, morando em locais modestos, até em favelas, pois que quase todas as riquezas produzidas pelos trabalhadores são direcionadas e acumuladas em mãos dos donos dos meios de produção e do capital.
É O SISTEMA
Na base do roubo da riqueza produzida pelos trabalhadores, assim funciona o sistema capitalista. Os donos dos meios de produção e do capital ficam com a quase totalidade das riquezas produzidas pela classe trabalhadora. Por isso mesmo, são ricos e poderosos, mundão a fora. Cada dia mais riquezas são acumuladas em suas mãos, subtraídas de quem as produziu, pois que não existe outra maneira de acumular riquezas sem roubar de quem as produziu.
ESSÊNCIA
Por isso mesmo, apesar da fantástica tecnologia existente no mundo, existem cerca de 4 bilhões de excluídos no Planeta. Vai daí a grande complicação decorrente da falta de honestidade no sistema capitalista, cuja essência e natureza, é a própria desonestidade. Nesse rol, estão inclusas todas as guerras, sob mil bandeiras, que na verdade visam domínios, controles, saques e pilhagens da riqueza alheia.
Se a corrupção e roubalheiras em geral, pública e privada, não aparecem de modo ainda mais escandaloso, é por conta da habilidade dos grandes corruptos controlando toda a grande “mídia livre”. Além dessa vital providência, os ladrões ricos costuma fazer a devida partilha da roubalheira com outros poderosos larápios. Senão, a coisa pode dar errada – os que ficaram por fora da roubalheira chamam a “mídia livre”, e só assim o povo toma conhecimento de uma pequena parte da grande roubalheira feita das elites, despudoradas, impunes e acima das leis.
Resumindo, tentar efetivo combate à desonestidade e corrupção num sistema que se fundamenta na concentração de riquezas em mãos de poucos, à custa de muitos, é muito complicado e quase impossível. Eis uma das grandes fragilidades da democracia capitalista em todo o mundo. Por isso mesmo, a presidente Dilma/PT continua enfrentado muitos aborrecimentos, bloqueios e terríveis desgastes decorrentes da muito velha e conhecida corrupção, exercida por muita gente poderosa
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