quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Rose está cada vez mais deprimida e desesperada. Terá de comparecer a juízo periodicamente, e a imprensa a qualquer momento poderá encontrá-la.



Carlos Newton
O comando do PT e a direção do Instituto Lula não sabem mais o que fazer. Como se diz no linguajar jurídico, estão mantendo “em local incerto e não sabido” a ex-chefe de gabinete da Presidência Rosemary Noronha, mas juíza federal Adriana Freisleben de Zanetti, da 5ª Vara Criminal de São Paulo, decidiu proibir que a Rose deixe a cidade de São Paulo sem permissão judicial.
Isso significa que a ex-assessora dos presidentes Lula e Dilma deve comparecer a juízo periodicamente, não pode deixar a cidade sem autorização, não pode exercer função pública e estará submetida a pagamento de fiança no caso de faltar a qualquer uma dessas obrigações.
Como se sabe, Rosemary é investigada por formação de quadrilha, corrupção passiva, falsidade ideológica e tráfico de influência. Era destacada integrante do esquema criminoso liderado pelo ex-diretor da Agência Nacional de Águas (ANA) Paulo Vieira que produzia pareceres do setor público para atender a interesses privados, conforme ficou revelado na Operação Porto Seguro, desencadeada pela Polícia Federal e do Ministério Público Federal.
Como conseqüência da Operação Porto Seguro, veio a público o relacionamento íntimo de Rose com o ex-presidente Lula, iniciado na década de 90. A imprensa levantou que Lula empregou o ex-marido, o atual e uma filha de Rose, criou para ela o cargo de chefe de gabinete em São Paulo e se fez acompanhar da assessora em 24 viagens internacionais no período de menos de três anos, com visita a 32 países.
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DEPRESSÃO PROFUNDA
Em função do escândalo, a presidente Dilma Rousseff imediatamente demitiu Rose e a família inteira. Lula estava em viagem ao exterior e desde então passou a evitar a imprensa.
No Brasil, as providências foram tomadas pelo comando do PT e pela direção do Instituto Lula, que tiraram Rose de casa e evitam que ela tenha contatos externos, para evitar que faça declarações à imprensa. E foram escalados três advogados para defender a ex-chefe do gabinete, sob coordenação do ex-ministro da Justiça Marcio Thomaz Bastos.
O resultado dessa situação é que Rose, que tem temperamento instável e explosivo, entrou em profunda depressão e está sob cuidados médicos. A obrigatoriedade dela comparecer periodicamente a juízo é um problema gravíssimo para o PT e o Instituto Lula, porque a imprensa pode começar a fazer plantão diante da 5ª Vara Criminal de São Paulo.
E se Rose desobedecer à ordem judicial e não comparecer em juízo, poderá ter sua prisão preventiva decretada.

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