domingo, 11 de novembro de 2012

PROTAGONISTAS DO MENSALÃO



Ancião
A novela policial brasileira, que ficou famosa mundialmente, uma trama que parece ter saído da criação do produtor de cinema Blake Edwards, de A Pantera Cor-de-Rosa, mostra quadrilhas organizadas, onde cada participante exerce uma função de acordo com sua capacidade operacional. Começando pelo molusco falante que exerce sua liderança, deixando a criatividade de seus subalternos se manifestar e sacramentando sua execução, tentando aparentar “não saber de nada”.Mas o resultado é pífio. Erguido apenas na base do gogó, só engana os bolsistas. O Zé maquiavélico elabora o plano de forma que suas impressões digitais e sua fala jamais sejam expostas, mas se esqueceu da astúcia do Batman no uso do domínio do fato, de longínquas origens africanas, e que já é jurisprudência firmada.  O genuíno genérico  é usado para alcagüetar seus companheiros, que estão atrapalhando os desideratos da quadrilha. O Leviatã e seu fiel escudeiro Tapolim, qual Don Quixote e Sancho Pança (magrinho), heróis da literatura mundial, escolhidos a dedo (aquele que falta ao Batráquio Supremo), estão lá apenas para evitar que haja unanimidade burra no plenário, absolvem todos os mensaleiros, de preferência os do PT.
Pena que, como nos filmes do Inspector Clouseau, papel trapalhão principal atribuído a um personagem nordestino que surgiu do agreste Caetés, sem a capa, não tem um final feliz, onde tudo acaba bem. O prejuízo foi incalculável para a incipiente democracia brasileira, que infelizmente já se transformou numa ditadura sindicalista.

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