01/11/2012
Magu
Eu lhes contei a história do jantar do prefeito (Banquete 20/10). Não é que encontrei o rabino no dia seguinte, no centro da cidade? Resolvi ir cumprimentá-lo, pela incrível presença de espírito perante o padre, ao responder à indiscrição. O rabino é pessoa muito simpática e educada.
Modesto, ele disse que se arrependeu posteriormente em ter sido tão incisivo com o colega. E aceitou meu convite para um café. De conversa fácil, pediu-me licença para contar um caso ocorrido em sua família: “Há algumas décadas, tio Boris, judeu russo, conseguiu permissão para emigrar para Israel, como estavam fazendo outros camaradas russos. No dia da partida, na alfândega, um oficial russo revistava as bagagens de tio Boris e, de repente, ao abrir uma delas, pergunta: – Que é isso? - Perdão – disse Boris – o senhor deve perguntar ”Quem é este?”. Este é um busto dourado do camarada Stalin, nosso querido timoneiro e grande dirigente do partido. Eu o levo para nunca esquecê-lo. – É verdade – disse o oficial – Passe! Tio Boris chega a Tel Aviv e, quando revistado, o oficial israelense abre sua bagagem e pergunta: – Que é isso? – Perdão – disse Boris, alterado – o senhor deve perguntar ”Quem é este?”. Este é o maldito ditador antissemita Stalin, por quem sofremos tantas desgraças e misérias. Trago este busto para não nunca esquecer e ensinar aos nossos jovens quem nos fez tanto sofrer. – Bem senhor, acalme-se – disse-lhe o oficial – você já está seguro em Israel. Pode passar. Tio Boris foi então recebido com grande alegria por seus irmãos e por toda a família. Foram todos ao “kibutz”, onde haviam preparado uma grande festa. Ao lá chegar, eu o acompanhei até o quarto e o ajudei com suas coisas. Quando tio Boris abre a valise e coloca o busto sobre a cama, espantado, perguntei: -Tio Boris, quem é este? - Perdão – disse Boris – você deve perguntar ”Que é isso?”. Isso, querido sobrinho, são doze quilos de puro ouro”.
(1) Fotomontagem: O rabino e Magu atento ao ouro.
Eu lhes contei a história do jantar do prefeito (Banquete 20/10). Não é que encontrei o rabino no dia seguinte, no centro da cidade? Resolvi ir cumprimentá-lo, pela incrível presença de espírito perante o padre, ao responder à indiscrição. O rabino é pessoa muito simpática e educada.
Modesto, ele disse que se arrependeu posteriormente em ter sido tão incisivo com o colega. E aceitou meu convite para um café. De conversa fácil, pediu-me licença para contar um caso ocorrido em sua família: “Há algumas décadas, tio Boris, judeu russo, conseguiu permissão para emigrar para Israel, como estavam fazendo outros camaradas russos. No dia da partida, na alfândega, um oficial russo revistava as bagagens de tio Boris e, de repente, ao abrir uma delas, pergunta: – Que é isso? - Perdão – disse Boris – o senhor deve perguntar ”Quem é este?”. Este é um busto dourado do camarada Stalin, nosso querido timoneiro e grande dirigente do partido. Eu o levo para nunca esquecê-lo. – É verdade – disse o oficial – Passe! Tio Boris chega a Tel Aviv e, quando revistado, o oficial israelense abre sua bagagem e pergunta: – Que é isso? – Perdão – disse Boris, alterado – o senhor deve perguntar ”Quem é este?”. Este é o maldito ditador antissemita Stalin, por quem sofremos tantas desgraças e misérias. Trago este busto para não nunca esquecer e ensinar aos nossos jovens quem nos fez tanto sofrer. – Bem senhor, acalme-se – disse-lhe o oficial – você já está seguro em Israel. Pode passar. Tio Boris foi então recebido com grande alegria por seus irmãos e por toda a família. Foram todos ao “kibutz”, onde haviam preparado uma grande festa. Ao lá chegar, eu o acompanhei até o quarto e o ajudei com suas coisas. Quando tio Boris abre a valise e coloca o busto sobre a cama, espantado, perguntei: -Tio Boris, quem é este? - Perdão – disse Boris – você deve perguntar ”Que é isso?”. Isso, querido sobrinho, são doze quilos de puro ouro”.(1) Fotomontagem: O rabino e Magu atento ao ouro.
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