Mariana Jungmann (Agência Brasil)
Os senadores do PDT Pedro Taques (MT), líder do partido no Senado, e Cristovam Buarque (DF) encaminharam carta ao presidente da legenda, Carlos Lupi, na qual se posicionam contra a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva feita pelos partidos da base aliada, em nota divulgada na última quinta-feira.
Lupi assina a nota em nome do PDT, bem como Rui Falcão pelo PT, Valdir Raupp pelo PMDB, Eduardo Campos pelo PSB, Renato Rabelo pelo PCdoB e Marcos Pereira pelo PRB. Os aliados se manifestaram contra o pedido da oposição para que Lula fosse investigado em função de denúncias publicadas pela revista Veja no fim de semana passado que o vincularam ao esquema de compra de votos conhecido como mensalão.
Taques e Buarque disseram não concordar com a assinatura de Lupi em nome do partido, bem como com o teor do documento. “Gostaríamos de ter sido consultados antes desta nota ter sido assinada em nosso nome, porque se tivéssemos sido consultados seríamos contra”, dizem os senadores na carta a Lupi.
Os parlamentares declararam não enxergar comportamento golpista por parte dos partidos de oposição, quando citam a matéria, por não haver qualquer crítica à presidenta Dilma Rousseff. Além disso, os dois ressaltaram a importância do trabalho do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento da Ação Penal 470, conhecida como o processo do mensalão, e consideraram que a carta dos partidos da base desrespeita o Poder Judiciário ao sugerir que os ministros do STF estejam sofrendo pressões durante o julgamento.
“As referências às pressōes sobre os ministros do STF passam imagem de desrespeito ao Poder Judiciário, que, neste momento, vem desempenhando um importante trabalho, reconhecido pela opinião pública como decisivo na luta pela ética na política.”
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