02/09/2012
Ralph J. Hofmann
Lula, este exímio sucessor da serpente do paraíso, maestro de uma banda podre soube executar sua “Sinfonia para caixa registradora, vaidade e poder” com maestria.
Aliás, esta sinfonia deveria ser um projeto para músicos brasileiros honestos. Seria algo como foi a Sinfonia do Rio de Janeiro nos idos de meados do século passado.
Porém Lula não percebeu que, tendo espalhado a cizânia, alcovitado a luxúria e entronizado o vil metal deixou para trás poucas alternativas aos que ficaram cuidando do bolicho com sua saída. Fazer de alguma maneira contra ele o que fez contra Fernando Henrique Cardoso e seu governo passou a ser necessário, mesmo que pela via indireta.
Com a ascendência que tinha sobre uma presidente e um ministério escolhido por ele mesmo sentia-se seguro para todo o sempre. Ninguém iria falara na “herança maldita” de Lula. Todos tinham sido seus cúmplices. O próprio STF estava carregado com seus prepostos.
A nomeação de Graça Foster deveria ter sido um aviso. Era impossível Graça e Dilma (fotomontagem)não conhecerem a verdadeira situação da Petrobrás. Era comprometedor para os técnicos do BNDES financiar a parte venezuelana da refinaria. Era comprometedor para Graça, Dilma e quem mais influísse nisto continuar a financiar eventos culturais quando a empresa tinha sérias carências financeiras a enfrentar.
Foi necessário colocar os pingos nos “ii”. Os projetos de refinarias, a exigência de que a Vale se envolvesse em siderurgia e alumínio e tantas outras iniciativas partiram de um comportamento voluntarioso de Lula.
Nada realmente foi planejado e orçado dentro de princípios sólidos de execução de projeto.
Hoje isto é voz corrente em todo o país, ao menos entre os que pagam pelas “bolsas inércia” e “bolsas esmola”.
Os músicos da “banda podre” que tem algum respeito pela sua história pessoal perceberam que é chegada quase que a última oportunidade de resgatar suas histórias pessoais.
Caso contrário afundarão no lamaçal da história junto com Lula cuja personalidade e carisma não consegue mais disfarçar a sua supina incompetência administrativa. Sabe mandar e ser obedecido, mas não consegue escutar os senões dos críticos e passou oito anos cercando-se de quem cuidadosamente não se indispusesse com as suas vontades (e isto inclui Dilma). Não soube mandar fazer o que precisava ser feito.
Isto inclui os juízes do Supremo. Aqueles que possuem méritos pessoais a resguardar também estão evitando ser arrastados para o esgoto cloacal. E estão protagonizando uma tênue e benfazeja aragem de redenção para o país.
(1) Textos de apoio: O ‘custo Lula’, Carlos Alberto Sardenberg e Petrobras, Reinaldo Azevedo.
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