sábado, 11 de agosto de 2012

Sai o Mercosul. Entra em cena o “mercochávez”. E logo vem aí a Bolívia do cocaleiro Evo Morales



QUARTETO  Chávez, Dilma, Mujica e Cristina na cerimônia de adesão da Venezuela ao Mercosul, em Brasília (Foto: Ailton de Freitas / Agência O Globo)
QUARTETO -- Chávez, Dilma, Mujica e Cristina na cerimônia de adesão da Venezuela ao Mercosul, em Brasília (Foto: Ailton de Freitas / Agência O Globo)

(Reportagem de Nathalia Watkins publicada na edição impressa de VEJA)

SAI O MERCOSUL. ENTRA EM CENA O “MERCOCHÁVEZ”
Brasil, Argentina e Uruguai suspenderam o Paraguai do bloco alegando desrespeito às regras. Mas isso é o que eles mais têm feito

Um dos conceitos basilares nas relações internacionais é o de boa-fé. Entende-se por isso a vontade de um governo de respeitar o que foi combinado com os outros. Sempre que um Estado subscreve um tratado, seja uma trégua, seja um acordo comercial, pressupõe-se que o seu interlocutor se esforçará para seguir à risca todos os artigos e cláusulas.
Tal virtude desapareceu do Mercosul, o bloco econômico regional criado em 1991 por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.
O mais recente golpe na boa-fé se deu na terça-feira 31, quando uma reunião em Brasília entre os presidentes José Mujica, do Uruguai, Dilma Rousseff, do Brasil, e Cristina Kirchner, da Argentina, formalizou a adesão da Venezuela de Hugo Chávez, também presente, como membro pleno do Mercosul.
O ingresso da Venezuela violou descaradamente as regras inscritas nos documentos que criaram o bloco e que cimentaram suas bases institucionais, como o Tratado de Assunção, de 1991, e o Protocolo de Ouro Preto, de 1994.

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