18/08/2012
Walter Marquart
As leis atuais provocam o aumento dos males que a sonegação, livre e solta, promove: aumento de alíquotas e criação de categorias de contribuintes é o embasamento de toda uma filosofia corporativista, desonesta e se tornou o maior balcão onde o voto é comprado e vendido, também sem nota fiscal. Amoralidade, principalmente dos “fidalgos”.
ME, simples, super simples, EPP, camelô ou marreteiro são sinônimos de coitadinhos, no dicionário dos políticos que compram votos. E os compram no varejo e no atacado, do comércio e da indústria, leve ou pesada.
Incentivos fiscais foram a senha para o não coitadinho sonegar também, senha para comprar os votos dos maiores contribuintes do PIB. Incrível! Venderam os seus votos para terem o direito de não contribuir (sonegar não é termo politicamente certo para quem é gigante fidalgo). Os incentivos fiscais existem porque não temos Legislativo coerente com as suas tarefas ou porque a arrecadação está elevadíssima. O coerente deveria ser a diminuição das alíquotas, para todos.
As leis deveriam tratar os contribuintes com ampla, geral e irrestrita eqüidade; não haverá saída honesta se não eliminarmos a fantasiosa teoria que embasa o sonegador, a teoria tão perniciosa quanto o pecado original, A TEORIA DOS COITADINHOS.
Criar zonas de livre comércio ou cidades com incentivos que provocam o passeio de notas fiscais é, no mínimo, crime das leis que criaram a barafunda. São anti-leis que a fantasia irresponsável propõe e inconseqüentes aprovam.
No Brasil dos nossos dias as leis são aprovadas a jato, quando o assunto é remuneração ou sonegação, os dois rendem votos. Há até leis incentivando a sonegação, via passeio da nota fiscal ou mesmo sem nenhuma nota É tudo quanto o sonegador procura, não deixar rastro, comprar e vender sem nota fiscal.
Estamos, com a teoria dos coitadinhos, fazendo parte do imaginário fantasioso dos compradores de voto, até aqui, livres e soltos, há muito tempo, abusando da ingenuidade de todos e sistematicamente cometendo crime eleitoral.
Cinco mil e seiscentos Prefeitos, todos ansiosos para ter verba e poder atender o clamor, mas ficam aliadas à “tchurma” do riso e da algazarra dos satisfeitos, as patotas tão alegres quanto irresponsáveis, com exceções que não salvam os demais. Para não perderem votos, dizem, não movem uma palha a favor da arrecadação. Chegará o dia em que, para comprar votos, proporão a tão esperada diminuição das alíquotas.
Todos, até com santinho ou estrelinha na lapela, entram na igreja de sua adoração: Brasília, e no lugar de açoitar os corrompedores e corrompidos, tornam-se professores do mal. Nas campanhas políticas que os elegeram, juravam, e por isto foram eleitos, que combateriam os mercadores do templo… Mas a ética do porco é emporcalhar. Ele não sonega sujeira, aplaude a corrupção e a lama à altura do seu falso “fidalguismo”.
Nação sem povo é acidente geográfico,
Povo sem nação, o resultado de funestos atos.
Povo sem lei se torna matilha que destrói,
Nação com povo sintonizado e leis regentes, progride e ilumina.
Povo dependente de assistencialismo vende seu voto, sua alma,
Nação que promove trabalho para todos se agiganta.
Leis por todos reconhecidas e obedecidas,
Promovem dignidade, respeito e felicidade.
“Todas as grandes coisas são simples. E muitas podem ser expressas numa só palavra: liberdade, justiça, honra e dever; piedade; esperança”. (Winstron Churchilll)
(1) Foto: Os vendilhões sendo expulsos.
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