domingo, 22 de julho de 2012

A pressa que amplia as sombras sobre o assassinato do policial federal



O juiz federal Paulo Augusto Moreira Lima, que autorizou a Polícia Federal a gravar clandestinamente as conversas entre Carlinhos Cachoeira e seus subordinados, e depois decretou a prisão do bando, afastou-se do caso depois de sofrer ameaças de morte.
A procuradora Léia Batista, representante do Ministério Público de Goiás na apuração do caso, também foi ameaçada de morte. Pediu proteção ao Conselho Nacional de Justiça.
Citado em várias conversas gravadas pela Operação Monte Carlo, o delegado Hylo Marques Pereira, da Polícia Civil de Goiás, está desaparecido há seis dias.
Nesta terça-feira, o agente da Polícia Federal Wilson Tapajós Macedo, um dos participantes da Operação Monte Carlo, foi morto com três tiros em Brasília, ao lado do túmulo do pai. Sobre o episódio, o jornalista Carlos Brickmann escreveu a seguinte nota:
Coisa estranha 
Um especialista em Polícia Federal, daqueles que já viram urubu ficar branco e passarinho comer onça, estranha muito o assassínio do agente federal num cemitério de Brasília. Considera pouco habitual um agente visitar o túmulo dos pais num dia normal, no horário de serviço. Talvez houvesse ali um encontro marcado.
O fato é que o assassínio de um agente envolvido em investigações de tamanho porte gera necessariamente uma cachoeira de suspeitas.
Já no dia do assassinato, a polícia de Brasília decidiu que ocorrera um latrocínio ou um crime passional.
comentário de 1 minuto para o site de VEJA recomenda aos apressados sherloques que incluam entre as opções o crime por vingança. A menos que tenham investigado e resolvido o caso antes que acontecesse. Isso pode ser impossível em países normais. Não é o caso do Brasil.

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