domingo, 8 de junho de 2014

A HISTÓRIA - MIRANDA SÁ


by Miranda Sá

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

Embora sem ser historiador ou tiver a pretensão de sê-lo, enfileiro-me entre os que consideram a História uma ciência. Àquele, se obriga a acompanhar a vida social do homem desde a sua existência, pelo que dizem os estudiosos a mais ou menos 200 mil anos... Mas para mim, de cultura ocidental, o show do movimento histórico e o progresso da humanidade, não vem de tão longe, mas de 4.000 anos antes de Cristo.
O estudo científico projeta que cada época tem a sua própria análise filosófica e, no dizer do filósofo russo Giorgi Plekhanov, não deve se limitar a uma sucessão de fatos, mas saber a razão por que tais fatos se sucederam à sua própria maneira.
Hegel ensina que a filosofia da História é a História considerada como inteligência. Para ele, “Os fatos são tomados tais quais são, e o único pensamento que ela neles introduz é o pensamento de que a razão domina o mundo”.
Eu escrevo apenas o que acompanhei – sendo, como o antigo Repórter Esso, “testemunha ocular” – não adoto o fatalismo dos árabes ou o pensamento cristão, seja católico (Agostinho) ou evangélico (Calvino), de tudo depende da vontade de Deus.
Pretendo mostrar as coisas como são ao meu modo de ver, e o importante papel do indivíduo impondo-se aos acontecimentos. Vou ao exemplo colegial que ensinava na minha adolescência mostrando que se não tivesse ocorrido a Revolução Francesa, Napoleão teria morrido com as divisas de coronel ou talvez de general...
Nesta apreciação sobre a política brasileira, levo em conta de que percebi que as particularidades individuais se impuseram a situações causais. Não tivesse havido uma ruptura democrática com a derrubada de João Goulart em plena “guerra fria”, o general Golbery do Couto e Silva não teria assumido o importante papel que ocupou no regime militar.
E sem Golbery, a existência de Lula da Silva, como indivíduo, não passaria de um pelego sindical do ABC paulista; e que o Partido dos Trabalhadores possivelmente não teria existido. E os 12 anos de poder de Lula e do seu partido não teriam importância se não fosse o famigerado instituto da reeleição imposto por Fernando Henrique Cardoso.
Relembro que a criação do PT, “um novo gênero de partido”, nos deu uma organização política “acima das classes”, como Mussolini adotou ao estabelecer as bases do Partido Nacional Fascista na Itália. E assim, o PT vem se mostrando como uma cópia de papel carbono do mussolinismo.
Como o fascismo, o crescimento e a sustentação do lulo-petismo se devem principalmente à capacidade de modificar sistematicamente suas posições diante das situações difíceis, como ocorreu no caso do Mensalão; e se alicerça na bilionária propaganda de massa promovida pelo governo e pelas empresas estatais.
Enquanto o PT-governo enche de favores banqueiros, empresários e indústria automobilística, o partido recebe contribuições das empresas dependentes de contratos governamentais, principalmente das empreiteiras. E vem dinheiro também da arrecadação do dízimo de mais de 25 mil aparelhados ocupantes de cargos comissionados na administração pública.
Esta gorda “caixinha” fortalece a organização, sustenta uma vasta burocracia e atende à manutenção de agentes provocadores. Isto se viu recentemente com a mobilização de jovens atuando organizadamente nas redes sociais para enfrentar a oposição na internet; esse recrutamento tem as mesmas características dos Fasci Giovanilli di Combatimento, do Partido Nacional Fascista.
À similitude do lulo-petismo com o fascismo italiano, descrita acima, acrescenta-se que, como os fascios faziam com Mussolini, o PT vive à base do egocentrismo de um chefe, Lula, que tem sua personalidade cultuada.
Arriscando-se (acho quase certo) a perder as próximas eleições presidenciais, o lulo-petismo põe as garras de fora, abrindo um caminho para o estado totalitário através do decreto presidencial 8243, furtivamente baixado pela presidente Dilma.
É uma lei de exceção, uma Carta Fascista para substituir a Constituição: Transfere o poder dos representantes eleitos para os farsantes “movimentos sociais”, as gangues dos sindicatos apelegados, MST e derivados, ONGs fajutas e toda espécie de arrumadinhos “caça níqueis” intitulando-se “do povo”.
Este maldito decreto dá ao PT-governo o arbítrio eventual sobre toda sociedade. Torna-o, não um adversário político, mas um inimigo do povo brasileiro, com ilimitado poder totalitário. Permitirá a implantação de uma máquina policial tentacular, como a ditadura militar não teve.
Certamente irá suprimir as liberdades de imprensa, de opinião e reunião, e deixará as cabeças pensantes do País sem condições legais de divergir, obrigando-se a manter subterraneamente a luta pelas liberdades individuais e públicas.
Somos uma Nação que pela origem multi-racial e a consequente formação democrática e liberal, cristalizou uma cultura de resistência passiva. Mas a História está cheia de explosões populares, inúmeros levantes contra as invasões estrangeiras e a dominação colonial portuguesa são o melhor exemplo.
Para evitar isso, uma guerra civil fratricida, será preciso enfrentar uma batalha para que o decreto fascista do lulo-petismo não se imponha. Nas ruas, nas redes sociais, em família, na igreja, no trabalho e no clube.

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