quinta-feira, 8 de maio de 2014

INDEPENDÊNCIA DO R.G. DO SUL


Hélio Garcia


Gaúchos ameaçam entrar em guerra com o Brasil! Durante o acampamento da Semana Farroupilha no Parque Harmonia, indignados com as mais recentes denúncias sobre as maracutaias no planalto central, as principais lideranças do Estado do Rio Grande do Sul (com a exceção honrosa do Tarso, sem novidade, porque a prenda não entra nessas de desforço físico) resolveram retomar a Revolução Farroupilha e enviaram uma mensagem à Brasília:

download (1)“Cambada de ladrões, em busca da Ordem e Progresso perdidos, declaramos guerra ao Brasil, e proclamaremos a República Rio-Grandense! Temos 85 mil Cavalos e 90 mil Homens Farroupilhas”.
Brasília então responde:
“Aceitamos a declaração. O Exército Brasileiro tem 380 tanques, 160 aviões, 98 navios e 2 milhões de soldados.”
Após dois longos dias de intensa discussão, a Gauchada responde:
“Retiramos a declaração de guerra… Não teremos como alojar tantos prisioneiros !

Cadinho de Cultura: A República Rio-Grandense

A República Rio-Grandense, também conhecida como República de Piratini, foi um estado-nação reconhecido em algum tempo. Formado na região sul do Brasil, deflagrando o atual Estado brasileiro do Rio Grande do Sul, sendo a mais longa revolta brasileira da qual se tem conhecimento, e, portanto, a mais longa do Império do Brasil (1822-89) – o nome oficial do Estado brasileiro à época. Foi proclamada em 11 de setembro de 1836, pelo general Antônio de Sousa Neto, como consequência direta da vitória obtida por forças oligárquicas gaúchas na Batalha do Seival (1836), durante a Revolução Farroupilha (1835-45). No entanto, o objetivo principal nunca foi proclamar um estado-nação próprio, e, portanto, separado do Estado brasileiro, mas sim mostrar ao Império do Brasil que as oligarquias gaúchas estavam insatisfeitas com os altos impostos. (Cabe aqui uma pergunta: E hoje?)
O Uruguai, através de tratado de cooperação mútua, reconheceu a legitimidade desta república. A bandeira oficial da República Rio-Grandense era composta pelas cores verde, amarelo e vermelho. Há duas versões para o motivo da composição da bandeira: uma versão explica que seriam as cores-símbolos do Brasil, o verde-amarelo, com o vermelho, que simboliza a república, entrecortando as mesmas; outra versão explica que o verde representava a mata dos pampas, o vermelho o ideal revolucionário, e o amarelo as riquezas do território gaúcho; e uma outra versão diz tratar-se o verde da bandeira portuguesa e o amarelo da bandeira espanhola (respectivamente, o mais importante colonizador e o segundo mais importante colonizador do território do Estado do Rio Grande do Sul), entrecortados pela listra vermelha em vertical que seria símbolo de federação na região platina desde a época de José Gervásio Artigas (1764-1850). No entanto, o verde só seria adicionado à bandeira portuguesa em 1910, 65 anos depois do término da Revolução Farroupilha, o que descarta esta última versão. Da mesma forma, a atual bandeira do Estado do Rio Grande do Sul vem a ter as mesmas cores, tendo sido adicionado o brasão da República Rio-Grandense no meio da bandeira.
Os principais líderes sul-rio-grandenses eram estancieiros, que estavam insatisfeitos com os altos impostos sobre o charque e o couro, de modo que os mesmos produtos estrangeiros fossem mais baratos que os nacionais. A Constituição da República Rio-grandense foi aprovada em 1843, em Alegrete. No entanto, as oligarquias gaúchas se consideravam brasileiras, ainda que tivessem se rebelado por essa disparidade econômica. O mesmo acontecia com a população do Rio Grande do Sul, que também se considerava brasileira, ainda que tenham sido convencidos a lutar em favor dos estancieiros gaúchos, em função dos altos impostos sobre o charque e o couro, que prejudicavam diversos setores da economia local. Entre as principais cidades da então Província de São Pedro do Rio Grande do Sul que não aderiram aos revoltosos, está Porto Alegre, que por esse motivo recebeu do Império o título de “Leal e Valerosa Cidade de Porto Alegre”, seu lema oficial até hoje.

O blog continua sendo cultura… Já os machos se acabaram naquele tempo!

Postado por Magu

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