fonte: Lugar Certo
Quantidade de obras animam as perspectivas do mercado para este ano para venda de material de construção
O mercado da reforma e construção representa boas oportunidades para empresários do segmento. Para manter um imóvel, antigo ou novo, o certo é que, para mantê-lo em condições adequadas, os brasileiros precisariam investir cerca de R$ 32 bilhões por ano em manutenção. Nos próximos 12 meses, 16,8 milhões de residências do Brasil vão passar por algum tipo de reforma.
O setor da construção civil tem papel importante na busca pela redução do déficit habitacional brasileiro. Até 2024, o país precisa construir cerca de 23,4 milhões de moradias para atender a essa demanda, conforme estudos da Fundação Getulio Vargas. Lucas Guerra Martins, vice-presidente da área imobiliária do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Minas Gerais (Sinduscon-MG), ressalta que o mercado sofreu um processo de redução da oferta de imóveis nos dois últimos anos, com menos lançamentos do que nos anos anteriores. “Porém, essa redução de lançamentos tem um lado positivo, porque não houve aumento significativo de estoque, não existindo pressão pela venda rápida.” Segundo ele, o mercado da construção civil está estável.Lucas Guerra diz que o setor da construção não tem grandes expectativas para o futuro. Por sua vez, as perspectivas para o segmento de reforma são animadoras.
A Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), que divulga termômetro mensal referente ao desempenho de vendas em curto prazo no mercado interno, aponta que, em março, 53% das empresas classificaram o mês como regular, 39% indicaram o período como bom e 8% como ruim para as vendas. O otimismo cresceu este mês, com 58% das empresas associadas à Abramat indicando o período como bom para os negócios, enquanto 34% escolheram a média regular e 8% como um período ruim.Para Walter Cover, presidente da Abramat, o aumento no otimismo das vendas é motivado pela concessão do crédito às famílias e aos investimentos em reformas e melhorias nos imóveis. “Quando olhamos para os resultados e projeções para as vendas, a resultante é de otimismo na indústria de venda de material de construção. O mercado do varejo, que reflete reformas de imóveis para as famílias, mostra crescimento, porém, em ritmo menos acelerado que em 2013, como consequência de ajustes na disponibilidade de crédito.”
Responsabilidade
Com o segmento de reforma em alta, é bom lembrar que entrou em vigor, no dia 18 deste mês, a norma técnica NBR 16.280, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), com validade em todo o território nacional e que abrange todos os tipos de casas e edifícios – novos, antigos, comerciais, públicos, residenciais e institucionais. Quem quiser reformar um imóvel precisa agora ter aval de engenheiro ou arquiteto. Os profissionais devem elaborar o plano de reforma e se responsabilizar pela obra. De acordo com a norma, qualquer modificação na reforma que possa comprometer a segurança da edificação ou do seu entorno deverá ser submetida à análise do especialista.
Clemenceau Chiabi, vice-presidente do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de Minas Gerais (Ibape-MG), explica que a norma entrou em vigor para auxiliar os moradores no período pré, durante e pós-reforma. O primeiro passo é contratar um engenheiro ou arquiteto para planejar o serviço. É importante buscar referências do contratado e procurar saber quais projetos ele realizou. O segundo passo é passar todo o planejamento da obra para o especialista, ou seja, se vai derrubar alguma parede, fazer somente pintura, trocar o piso, entre outros.O engenheiro calcula quanto a pessoa vai gastar com a reforma. “Muitas vezes, a pessoa começa contratando o pedreiro e, com o tempo, vai comprando o material.
Sem planejar o quanto vai gastar, ela pode acabar sem condições financeiras para concluir a obra. Para evitar que isso ocorra, o especialista vai avaliar o custo total, além de analisar os riscos da reforma”, explica.É importante conversar com os vizinhos, alertando a eles que não haverá nenhum risco com a construção. O proprietário precisa verificar a questão de horário para início e término das obras. Em caso de apartamento, essas normas precisam ser respeitadas. As casas são mais livres desse tipo de trabalho, pois correm menos riscos de desabamento.
Fonte: Lugar Certo - Lilian Monteiro - Estado de Minas
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