domingo, 26 de janeiro de 2014

Pibinho, bolsas e trabalhadores aposentados


by mirandasa08
MIRANDA SÁ(E-mail: mirandasa@uol.co.br )
A radiografia de corpo inteiro da economia brasileira, subnutrida de competência, ética e honestidade, mostra um País doente, exangue, que deixa sua Nação sem forças para reagir. Convergem para esta debilidade a inflação crescente e o tratamento volúvel como se fora examinado e consultado por um curandeiro primitivo.
Como remédio, dá-lhe uma garrafada comprada em ponta de feira. Desta vez não ministrada pelo fracassado ministro Mantega, sem idoneidade, mas de outro ‘oriundo’, Tombini, o chairman do Banco Central lulo-petista.
A beberagem traz o rótulo do Copom, e é ineficaz para combater a pertinaz febre inflacionária que chegou oficialmente a 5,91 no ano passado, mas que não corresponde às compras de supermercado, pois está muito aquém da subida de preços da cesta básica.
Subir juros como processo de cura é impróprio, como é desastrado o desempenho do PIB – apelidado de ‘pibinho’ quando comparado aos países emergentes e latino-americanos como a Colômbia, o Chile e o México. Bastou soltar a inflação da jaula do Plano Real, e o fraco desempenho do sistema produtivo, com o déficit recorde da indústria com US$ 105 bilhões no vermelho.
Para camuflar tal rebaixamento, multiplicam-se as bolsas esmolas – já não mais visando à miséria nacional, mas bolsas para tudo além da bolsa-família: bolsa-prisão, bolsa-vadiagem, bolsa-eleitoral e a mais recente e vergonhosa bolsa-crack!
Tudo isso traça a caricatura do Partido dos Trabalhadores, chegado ao poder a 12 anos por um estelionato eleitoral. Entre as promessas mentirosas arquivadas em hemerotecas e videotecas, tivemos o repúdio a esse tipo populista de assistência social.
E com essa fraude a quadrilha se mantém, e mantém um projeto de eternização no poder do “partido dos pobres”, a que o missivista do jornal Estado de São Paulo, Nelson Pereira Bizerra, acrescentou “dos pobres de idéias”.
Apesar desse execrável narco-populismo (agora comprovado com a bolsa-crack), o projeto da reeleição de Dilma desvaloriza seu próprio Ministério, expondo-o no balcão do varejo corrupto, à disposição das quadrilhas organizadas como partidos.
E a desigual disputa no campo democrático tem ainda um componente subversivo e terrorista. De um lado, os lulo-petistas achincalham o Poder Judiciário, ao contestar a decisão do Supremo Tribunal Federal que condenou a gangue do Mensalão; e do outro, estimulando bandos de baderneiros que ameaçam a segurança pública e o direito de ir e vir da cidadania.
Assim, o lulo-petismo abre todas as frentes possíveis para se manter no poder. Só não faz o que a Nação almeja e necessita: Educação e Saúde de qualidade, e a paz social. E ainda por cima, nega um olhar solidário para a grande riqueza humana deste País que é, sem dúvida, a legião dos trabalhadores aposentados, atirados ao desprezo por uma legislação injusta.
O tratamento dado aos beneficiários do Regime Geral da Previdência Social, cerca de 30,3 milhões de pessoas, não tem similar entre as nações civilizadas. Isto não foi uma criação do lulo-petismo, mas o que era criticado anteriormente pelos sindicatos e o próprio PT manteve-se, apesar do PT-governo contar com larga maioria no Congresso.
Os aposentados e pensionistas teem seus benefícios achatados, muitos ganhando menos do que as bolsas eleitoreiras distribuídas pelo PT-governo. O piso acaba de ser corrigido em 6,78% para R$ 724,00 - ou seja, apenas 1,22 pontos porcentual mais do que a correção de 5,56%.
Nos 12 anos de PT-governo, mesmo os aposentados que recebem acima do piso sofrem essa redistribuição de renda ao contrário. Quem contribuiu por 17 salários-mínimos, por exemplo, recebe em contrapartida de 11 a 12 salários...
Ainda não estão confirmados os candidatos que pleiteiam a sucessão presidencial. Também, pouco importa; para se afirmar como oposicionistas devem enfrentar esta condenável conjuntura exibindo publicamente sua diferença do lulo-petismo, inimigo dos aposentados e pensionistas.
Se quiserem fazer oposição, comprometam-se com o fim da falácia do equilíbrio das contas previdenciárias em defesa dos trabalhadores aposentados, e combater a inconseqüência do pibinho e a demagogia das bolsas eleitoralistas!

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