Arquitetas explicam como deixar a residência mais preparada para as pessoas da terceira idade
publicado em 09/01/2014 às 9:45 ,
atualizado em 09/01/2014 às 9:45
Fonte: ZAP Imóveis
atualizado em 09/01/2014 às 9:45
Fonte: ZAP Imóveis
É evidente que a casa do idoso deve ser, acima de tudo, segura. “Você sabia que as quedas causam 12% das mortes em pessoas acima de 65 anos?”, alerta a arquiteta Luciana Corrêa, ao enfatizar que a adaptação da moradia permite que os idosos façam tudo com segurança sem serem excluídos das atividades diárias.
Segundo a arquiteta Laurimar Coelho, isso significa que não deve haver tapetes, por exemplo. “Pisos frios devem ser antiderrapantes e móveis com cantos vivos devem ser evitados”, aconselha. “O ideal é conhecer os hábitos e necessidades do morador para oferecer a ele o acesso fácil a qualquer objeto”, recomenda Laurimar.
Luciana reforça a importância de substituir degraus por rampas com pouca inclinação e com corrimão dos dois lados e de eliminar os tapetes soltos, principalmente aqueles que ficam na extremidade das escadas e rampas.
Se o idoso é cadeirante ou usa andador, as rampas são fundamentais para a circulação mais segura. Mas é importante avaliar a inclinação, que não deve ser superior a 6%.
Nos banheiros, todo cuidado é pouco. Segundo Laurimar, barras de apoio especiais, em conformidade com as normas da ABNT, são essenciais para evitar acidentes graves durante o banho.
Luciana lembra que o banheiro é o lugar onde ocorre a maioria das quedas. “Deve haver barras de apoio ao lado da pia, do vaso sanitário e dentro do box. “Troque o vaso comum por outro mais alto e use torneiras e maçanetas do tipo alavanca, que são mais fáceis de abrir e fechar”, aconselha Luciana.
No caso de ter uma banheira, Laurimar recomenda o uso de adesivos antiderrapantes no fundo da peça. “Outro recurso bastante interessante é o interfone no banheiro, que pode ajudar o idoso a se comunicar com outros moradores em caso de algum imprevisto ou mal estar”, alerta.
Na cozinha, o fogão a gás deve ser substituído por um modelo elétrico. Cooktops modernos não oferecem riscos de queimaduras. Geladeiras com dispositivos que avisam sobre o tempo de abertura das portas ajudam os idosos mais distraídos, assim como torneiras com sensores – que evitam o desperdício de água. Muitos idosos esquecem torneiras abertas.
A iluminação deve ser abundante, assim como a ventilação e a insolação. “A boa iluminação dos ambientes ajuda na circulação e na execução das tarefas, inclusive é importante ter uma luz noturna para o caso de o idoso ter de se levantar à noite”, aconselha Luciana.Além disso, mantenha os utensílios usados pelo idoso a uma altura entre 80 cm e 1,2 m. Assim não é preciso subir em banco ou escada para alcançá-los.
Revestimentos de paredes em áreas de circulação não podem oferecer riscos. “Evite alternativas como pedras tipo canjiquinha ou mesmo plantas. Algumas trepadeiras têm espinhos”, adverte Laurimar.
Uma decoração com menos peças permitirá a circulação sem tropeços. Móveis baixos devem ser evitados, pois o idoso pode tentar se apoiar nas peças e cair.
Laurimar lembra ainda que há outros recursos mais modernos e dispendiosos, como sistemas de monitoramento remoto de ambientes (com câmeras) e controle de entrada por biometria – o que garante maior segurança.
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