terça-feira, 15 de outubro de 2013

PINTURA DO DIA - Ruhendes Mädchen (Mulher Inclinada (1751)) de François BOUCHER




Traduzido para o Portugues de Portugal

ANÁLISE

Óleo sobre tela (59cm X 73cm)

Retrato Louise von O'Murphy, a amante mais nova de Louis XV foi pintado em 1752 quando a mesma tinha 14 anos em 1752.

Quinta filha de um oficial irlandês, que se instalara como sapateiro em Ruão. Depois da sua morte, a mãe levou a menina a Paris. Ali atuou como cantora, como a irmã mais velha, Victoire.

Aos catorze anos de idade posou para um famoso retrato nu do artista francês François Boucher, em 1752. Sua beleza logo atraiu a atenção de um dos oficiais de Louis XV, Dominique Guillaume Lebel, que a introduziu na corte como uma das cortesãs reais, logo se tornando uma das favoritas. Deu ao rei, em 1754, uma filha bastarda. 

Alguns autores sustentam que com o rei, também era mãe do General Louis Charles Antoine de Beaufranchet - mas este nasceu em 1757, dois anos após seu casamento com Jacques de Beaufranchet, em novembro de 1755 - após o fim de seu relacionamento real.

Este casamento foi arranjado depois que cometera um erro comum às cortesãs, que foi o de tentar substituir a amante oficial. Por volta de 1754 ela tentou a já antiga favorita do rei, Madame Pompadour, numa estratégia infeliz que resultou em sua rápida queda da corte.

Ficando viúva do conde Beaufranchet, morto na batalha de Rossbach, veio a se casar outras duas vezes: a segunda com François-Nicolas Lenormand, conde de Flaghac, com quem teve uma filha, e pela terceira vez, em 1798 com Louis Philippe Dumont, deputado de Calvados na Convenção Nacional, trinta anos mais novo. Este consórcio durou menos de um ano e terminou em divórcio

Sua vida foi dramatizada por Duncan Sprott em seu romance 1997 Nossa Senhora das batatas.

Diversos artistas produziram cópias deste quadro.

A imagem agora paira no Alte Pinakothek (traduz: Antiga Pinacoteca), em Munique.


François Boucher (1703-1770)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Cedo se revelou artista de carreira promissora, embora se creia que o pai não o estimulasse muito na continuação desta actividade.

Biografia
Aos dezessete anos ingressou no ateliê de François  Lemoyne, ficando ali somente três meses, quando começou a trabalhar com Jean-François Cars. Lemoyne e Antoine Watteau foram suas primeiras influências pictóricas. Todos se impressionavam como a técnica e o estilo vigoroso e brilhante do pintor, a quem, três anos mais tarde, foi concedido o prestigioso Prémio de Roma. Embora não conhecendo a Itália, o nome do artista já ecoava pela Europa mais ecléctica. Quatro anos após receber o estimado prémio de incentivo a novos artistas vai finalmente para a Itália, onde tomou contacto directo com o Classicismo. Em Roma começou a estudar e, curiosamente, tal como Peter Paul Rubens, empenhou-se no estudo minucioso dos frescos deMichelângelo na Capela Sistina no Vaticano, em particular, e as obras memoráveis que a Renascença havia deixado para trás. 
A inspiração para o seu trabalho provinha de Antoine Watteau e de Peter Paul Rubens. Das obras de Watteau absorveu a tranquilidade da natureza e de Rubens os volumes, as cores, o estilo solene e perspicaz. No retrato da Madame de Pompadour as duas influências são bastante claras. 

Marquesa de Pompadour era sinónimo de exuberância, exagero, teatralidade, elegância, riqueza, ostentação, requinte e, portanto, do estilo bem rococó. Esta era grande admiradora da arte de Boucher e, é nos retratos desta cortesã francesa onde o artista exibe mais notavelmente o seu verdadeiro estilo. De forma até bastante concisa.

De volta à França, em 1731, foi admitido na Academia Real de Pintura e Escultura. Chegou mesmo a tornar-se reitor da dita academia e director da Real Confecção de tapetes. O que lhe sucedeu foi que tornou-se rapidamente um pintor da moda: em 1765 o Rei, contente com seus serviços, nomeou-o pintor da Corte e pintor da Câmara. A partir desse momento concebeu numerosas obras-primas em que retratava variados membros das cortes francesa e italiana, e até mesmo de famílias reais. Celebrizou o retrato da real 
amante, a Madame de Pompadour, retrato notável hoje exposto na Antiga Pinacoteca de Munique, na Baviera.

Além de pintar, Boucher concretizou figurinos para teatros, tapetes e ficou célebre como decorador. Ajudou na decoração dos palácios de VersaillesFontainebleau e Choisy.

Denotou o seu estilo irresistivelmente sensível e ao mesmo tempo bravo e farto de erotismo, que em nada contrasta com os retratos de odaliscas. Entre estes é de notar Rapariga em repouso. Julga-se que a cara da odalisca a da esposa de Boucher e o traseiro pertence a Madame de Pompadour



No mínimo, curioso... O próprio Diderot acusou Boucher de estar a prostituir a própria esposa.
François Boucher morreu em 1770, em Paris. Ocupava então o cargo de primeiro pintor do rei 
Luís XVI de França. Pintou sobretudo cenas idílicas, povoadas por personagens mitológicos e 
pastores, geralmente em poses sensuais e quase desnudados.
Obras
  • Rinaldo e Armida (Louvre)
  • O Descanso na Fuga para o Egito
  • Diana Saindo do Banho
  • Retrato de Marie-Louise O'Murphy (Pinacoteca Alte)
  • A Visita de Venus a Vulcano
  • Cristo e João Batista quando Crianças
  • Pastorale
  • Naiades e Tritão
  • Triunfo de Vênus
  • Venus Consolando Amor


Rococó
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


O termo rococó forma da palavra francesa rocaille, que significa "concha", associado a certas fórmulas decorativas e ornamentais como por exemplo a técnica de incrustação de conchas e pedaços de vidro, usados na decoração de grutas artificiais. Foi muitas vezes alvo de apreciações estéticas pejorativas. Foi um movimento estético que floresceu na Europa entre o início e o fim do século XVIII, migrando para a América e sobrevivendo em algumas regiões até meados do século XIX.

O Rococó nasceu em Paris em torno da década de 10,70 como uma reação da aristocracia francesa contra o Barroco suntuoso, palaciano e solene praticado no período de Luís XIV

Caracterizou-se acima de tudo por sua índole hedonista e aristocrática, manifesta em delicadeza, elegância, sensualidade e graça, e na preferência por temas leves e sentimentais, onde a linha curva, as cores claras e a assimetria tinham um papel fundamental na composição da obra.

Da França, onde assumiu sua feição mais típica e onde mais tarde foi reconhecido como patrimônio nacional, o Rococó logo se difundiu pela Europa, mas alterando significativamente seus propósitos e mantendo do modelo francês apenas a forma externa, com importantes centros de cultivo na AlemanhaInglaterraÁustria e Itália, com alguma representação também em outros locais, como a Península Ibérica, os países eslavos e nórdicos, chegando até mesmo às Américas.

O rococó é um movimento artístico europeu, que aparece primeiramente na França, entre o barroco e o Arcadismo. Visto por muitos como a variação "profana" do barroco, surge a partir do momento em que o Barroco se liberta da temática religiosa e começa a incidir-se na arquitetura de palácios civis, por exemplo. Literalmente, o rococó é o barroco levado ao exagero de decoração.


História
A expressão "época das Luzes" é, talvez, a que mais frequentemente se associa ao século XVIII. Século de paz relativa na Europa, marcado pela Revolução Americana em 1776 e pela Revolução Francesa em 1789. No âmbito da história das formas e expressões artísticas, o Século das Luzes 
começou ainda sob o signo do Barroco. Quando terminou, a gramática estilística do Neoclassicismo dominava a criação dos artistas. Entre ambos, existiu o Rococó.

Na ourivesaria, no mobiliário, na pintura ou na decoração dos interiores dos hotéis parisienses da aristocracia, encontram-se os elementos que caracterizam o Rococó: as linhas curvas, delicadas e fluídas, as cores suaves, o caráter lúdico e mundano dos retratos e das festas galantes, em que os pintores representaram os costumes e as atitudes de uma sociedade em busca da felicidade, da alegria de viver, dos prazeres sensuais.

O Rococó é também conhecido como o "estilo da luz" devido aos seus edifícios com amplas aberturas e sua relação com o século XVIII.

Em Portugal aparece na numismática a cerca de 1726 e prolongou-se até 1790 nos principais domínios artísticos. Na corte e no Sul do país desaparece mais cedo, dando lugar ao neoclassicismo. 

É nas províncias do Norte, particularmente Noroeste, que se encontra a versão mais original do património artístico rococó metropolitano, graças à talha dourada de formas «gordas» de certas igrejas do PortoBragaGuimarães, etc., executada por notáveis artistas na segunda metade do século XVIII  (Fr. José de Santo António VilaçaFrancisco Pereira Campanhã, etc.) e na escultura ganítica, que decora numerosos edifícios religiosos e profanos na área: igreja da Ordem Terceira do Carmo (1758-68) por José Figueiredo Seixas, Capela do Terço (1756-75); em Viana do Castelo, a capela dos Malheiros Reimões, etc.

Os pintores mais representativos foram François BoucherAntoine Watteau e Jean-Honoré Fragonard.

No Brasil o estilo revelou-se tardiamente, pois já no início do século XIX, na escultura de madeira e de «pedra-sabão», na pintura mural e na arquitectura, com José Pereira AroucaFrancisco Xavier de BritoManuel da Costa Ataíde e António Francisco Lisboa, o Aleijadinho.

Características
O rococó tem como principais características:

  • Cores claras;
  • Tons pastel e douramento;
  • Representação da vida profana da aristocracia;
  • Representação de Alegorias;
  • Estilo decorativo;
  • Possui leveza na estrutura das construções;
  • Unificação do espaço interno, com maior graça e intimidade;
  • Texturas suaves;
  • Hedonismo;

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