Traduzido para o Portugues de Portugal
ANÁLISE
Óleo
sobre tela (59cm X 73cm)
Retrato Louise von O'Murphy, a
amante mais nova de Louis XV foi pintado em 1752 quando a mesma tinha 14 anos
em 1752.
Quinta filha de um oficial
irlandês, que se instalara como sapateiro em Ruão.
Depois da sua morte, a mãe levou a menina a Paris. Ali atuou como cantora, como a irmã mais velha, Victoire.
Aos catorze anos de idade posou para um famoso
retrato nu do artista francês François Boucher, em 1752. Sua beleza logo
atraiu a atenção de um dos oficiais de Louis XV, Dominique Guillaume Lebel, que
a introduziu na corte como uma das cortesãs reais,
logo se tornando uma das favoritas. Deu ao rei, em 1754, uma filha
bastarda.
Alguns autores sustentam que com o rei, também era
mãe do General Louis Charles
Antoine de Beaufranchet - mas este nasceu em 1757, dois anos
após seu casamento com Jacques de Beaufranchet,
em novembro de 1755 -
após o fim de seu relacionamento real.
Este casamento foi arranjado depois que cometera um
erro comum às cortesãs, que foi o de tentar substituir a amante oficial. Por
volta de 1754 ela tentou a já antiga favorita do rei, Madame
Pompadour, numa estratégia infeliz que resultou em sua rápida queda
da corte.
Ficando viúva do conde
Beaufranchet, morto na batalha de Rossbach, veio
a se casar outras duas vezes: a segunda com François-Nicolas Lenormand,
conde de Flaghac, com quem teve uma filha, e pela terceira vez, em 1798 com Louis Philippe Dumont,
deputado de Calvados na Convenção Nacional, trinta
anos mais novo. Este consórcio durou menos de um ano e terminou em divórcio
Sua vida foi dramatizada
por Duncan Sprott em seu romance 1997 Nossa Senhora das batatas.
Diversos artistas
produziram cópias deste quadro.
A imagem agora paira no Alte Pinakothek (traduz:
Antiga Pinacoteca), em Munique.
François
Boucher (1703-1770)
Origem:
Wikipédia, a enciclopédia livre.
Cedo se revelou artista de carreira promissora,
embora se creia que o pai não o estimulasse muito na continuação desta
actividade.
Biografia
Aos
dezessete anos ingressou
no ateliê de François Lemoyne, ficando
ali somente três meses, quando começou a trabalhar com Jean-François Cars.
Lemoyne e Antoine Watteau foram suas primeiras influências
pictóricas. Todos se impressionavam como a técnica e o estilo vigoroso e
brilhante do pintor, a quem, três anos mais tarde, foi
concedido o prestigioso Prémio de Roma. Embora não conhecendo a Itália,
o nome do artista já ecoava pela Europa mais ecléctica. Quatro anos
após receber o estimado prémio de incentivo a novos artistas vai
finalmente para a Itália, onde tomou contacto directo com o Classicismo.
Em Roma começou a estudar e, curiosamente, tal como Peter Paul Rubens,
empenhou-se no estudo minucioso dos frescos deMichelângelo na Capela
Sistina no Vaticano, em particular, e as obras memoráveis que a Renascença havia
deixado para trás.
A inspiração
para o seu trabalho provinha de Antoine
Watteau e de Peter Paul
Rubens. Das obras de Watteau absorveu a tranquilidade da
natureza e de Rubens os volumes, as cores, o estilo solene e perspicaz.
No retrato da Madame de Pompadour as duas influências
são bastante claras.
A Marquesa de Pompadour era sinónimo de
exuberância, exagero, teatralidade, elegância, riqueza, ostentação,
requinte e, portanto, do estilo bem rococó.
Esta era grande admiradora da arte de Boucher e, é nos retratos desta
cortesã francesa onde o artista exibe mais notavelmente o seu verdadeiro
estilo. De forma até bastante concisa.
De volta
à França,
em 1731,
foi admitido na Academia Real de Pintura e Escultura.
Chegou mesmo a tornar-se reitor da dita academia e director da Real
Confecção de tapetes. O que lhe sucedeu foi que tornou-se rapidamente
um pintor da moda: em 1765 o Rei, contente com seus serviços, nomeou-o pintor da Corte e pintor
da Câmara. A partir desse momento concebeu numerosas obras-primas em que
retratava variados membros das cortes francesa e italiana, e até mesmo de
famílias reais. Celebrizou o retrato da real
amante,
a Madame de Pompadour, retrato notável hoje
exposto na Antiga Pinacoteca de Munique, na Baviera.
Além de
pintar, Boucher concretizou figurinos para teatros,
tapetes e ficou célebre como decorador. Ajudou na decoração dos palácios de Versailles, Fontainebleau e Choisy.
Denotou o
seu estilo irresistivelmente sensível e ao mesmo tempo bravo e farto de
erotismo, que em nada contrasta com os retratos de odaliscas.
Entre estes é de notar Rapariga em repouso. Julga-se que a
cara da odalisca a da esposa de Boucher e o traseiro pertence a Madame de Pompadour.
No mínimo, curioso... O
próprio Diderot acusou
Boucher de estar a prostituir a própria esposa.
Luís XVI de França. Pintou sobretudo cenas
idílicas, povoadas por personagens mitológicos e
pastores, geralmente em poses
sensuais e quase desnudados.
Obras
- Rinaldo e Armida (Louvre)
- O Descanso na Fuga para o Egito
- Diana Saindo do Banho
- Retrato de Marie-Louise O'Murphy (Pinacoteca Alte)
- A Visita de Venus a Vulcano
- Cristo e João Batista quando Crianças
- Pastorale
- Naiades e Tritão
- Triunfo de Vênus
- Venus Consolando Amor
Rococó
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O termo rococó forma da palavra francesa rocaille,
que significa "concha", associado a certas fórmulas decorativas
e ornamentais como por exemplo a técnica de incrustação de conchas e pedaços
de vidro,
usados na decoração de grutas artificiais. Foi muitas vezes alvo de
apreciações estéticas pejorativas. Foi um movimento estético que floresceu
na Europa entre
o início e o fim do século XVIII, migrando para a América e
sobrevivendo em algumas regiões até meados do século XIX.
O Rococó nasceu em Paris em torno da década de 10,70 como uma reação
da aristocracia francesa
contra o Barroco suntuoso,
palaciano e solene praticado no período de Luís XIV.
Caracterizou-se acima de tudo por sua índole hedonista e
aristocrática, manifesta em delicadeza, elegância, sensualidade e graça, e
na preferência por temas leves e sentimentais, onde a linha curva, as
cores claras e a assimetria tinham um papel fundamental na composição da obra.
Da França,
onde assumiu sua feição mais típica e onde mais tarde foi reconhecido como
patrimônio nacional, o Rococó logo se difundiu pela Europa, mas alterando
significativamente seus propósitos e mantendo do modelo francês apenas a
forma externa, com importantes centros de cultivo na Alemanha, Inglaterra, Áustria e Itália,
com alguma representação também em outros locais, como a Península Ibérica, os países eslavos e
nórdicos, chegando até mesmo às Américas.
O rococó é um movimento artístico europeu, que
aparece primeiramente na França, entre o barroco e
o Arcadismo.
Visto por muitos como a variação "profana" do barroco,
surge a partir do momento em que o Barroco se liberta da temática religiosa e
começa a incidir-se na arquitetura de palácios civis, por exemplo.
Literalmente, o rococó é o barroco levado ao exagero de decoração.
História
A expressão "época das Luzes" é,
talvez, a que mais frequentemente se associa ao século XVIII. Século de
paz relativa na Europa, marcado pela Revolução Americana em 1776 e pela Revolução Francesa em 1789. No âmbito da
história das formas e expressões artísticas, o Século das
Luzes
começou ainda sob o signo do Barroco. Quando
terminou, a gramática estilística do Neoclassicismo dominava
a criação dos artistas. Entre ambos, existiu o Rococó.
Na ourivesaria, no mobiliário, na pintura
ou na decoração dos interiores dos hotéis parisienses da aristocracia,
encontram-se os elementos que caracterizam o Rococó: as linhas curvas,
delicadas e fluídas, as cores suaves, o caráter lúdico e mundano dos
retratos e das festas galantes, em que os pintores representaram os costumes
e as atitudes de uma sociedade em busca da felicidade, da alegria de viver,
dos prazeres sensuais.
O Rococó é também conhecido como o "estilo
da luz" devido aos seus edifícios com amplas aberturas e sua relação
com o século XVIII.
Em Portugal aparece
na numismática a cerca de 1726 e prolongou-se
até 1790 nos
principais domínios artísticos. Na corte e no Sul do país desaparece mais
cedo, dando lugar ao neoclassicismo.
É nas províncias do
Norte, particularmente Noroeste, que se encontra a versão mais original
do património artístico rococó metropolitano, graças à talha dourada de
formas «gordas» de certas igrejas do Porto, Braga, Guimarães,
etc., executada por notáveis artistas na segunda metade do século XVIII (Fr. José de Santo António Vilaça, Francisco Pereira Campanhã,
etc.) e na escultura ganítica, que decora numerosos edifícios religiosos
e profanos na área: igreja da Ordem Terceira do Carmo (1758-68) por José Figueiredo Seixas,
Capela do Terço (1756-75); em Viana do Castelo, a capela dos Malheiros
Reimões, etc.
Os pintores mais representativos foram François Boucher, Antoine
Watteau e Jean-Honoré Fragonard.
No Brasil o
estilo revelou-se tardiamente, pois já no início do século XIX, na escultura de
madeira e de «pedra-sabão», na pintura mural e na arquitectura,
com José Pereira Arouca, Francisco Xavier de Brito, Manuel da Costa Ataíde e António
Francisco Lisboa, o Aleijadinho.
Características
O rococó tem como
principais características:
- Cores claras;
- Tons pastel e douramento;
- Representação da vida profana da aristocracia;
- Representação de Alegorias;
- Estilo decorativo;
- Possui leveza na estrutura das construções;
- Unificação do espaço interno, com maior graça e intimidade;
- Texturas suaves;
- Hedonismo;
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