terça-feira, 30 de abril de 2013

As manhãs que nascem na poesia de Flora Figueiredo



A tradutora, cronista e poeta paulista Flora Figueiredo mergulha no silêncio da noite para nos mostrar como nascem as manhãs, no seu poético entender.
COMO NASCEM AS MANHÃS
Flora Figueiredo
O fundo dos olhos da noite
guarda silêncios.
Esconde na retina
a menina que corre descalça em campo aberto.
Pálpebras cerradas, a noite emudece.
A menina com medo
faz um furo no escuro com a ponta do dedo.
Cai um pingo de luz.
Amanhece.

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