quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Instituições confiáveis?



Gelio Fregapani
Corretamente, nós brasileiros confiamos mais nas Forças Armadas, do que em outras instituições, mesmo nas que têm importância bem maior no seu dia a dia. O Exército já aparecia como a instituição mais confiável, mas sua aprovação saltou para 75%, seguido pela Igreja Católica. Distantes, na sequência, aparecem o Ministério Público, a imprensa, a polícia, o Judiciário, o Governo e o Congresso, e longe, na lanterna, os partidos políticos, com apenas 7% de confiabilidade. Considerando que há pouco o PT alardeava 30% de seguidores, deve ter perdido muito com o mensalão.
A desmoralização das Instituições se agrava com o conflito entre o desgastado Poder Legislativo e o Poder Judiciário, e ficará pior quando, por rodízio, o Lewandovski ou o Toffoli assumirem a presidência do STF. – Que falta faz um “Poder Moderador” como o de Pedro II.
SEM NOÇÃO
Vendo fantasmas, homens que administram o patrimônio público, têm apelado para o “além” para tomar suas decisões… como Eduardo Paes e Cesar Maia , que pedem ao “cacique” Cobra Coral que decida por eles.
CONGRESSO
Além do orçamento de 2013, o ano legislativo do Congresso Nacional terá inúmeras medidas provisórias pendentes de votação. Parece não ter noção de suas obrigações, entretanto tem importância. Só ele pode repudiar a maligna Convenção dos Direitos dos Povos indígenas assinada pelo Executivo. Só ele pode melhorar as iníquas leis existentes e modificar uma Constituição prolixa e incumprível. O que é certo é que este Congresso é caro demais. Melhor seria reduzir o número de parlamentares para um terço do número atual.
DESARME-SE???
Proteja sua família. “Desarme-se” – Aí é que você não terá como proteger a sua família. Melhor seria anunciar: “Senhor bandido, poder vir que não haverá resistência. Leve o que quiser e faça com minha mulher e com minhas filhas o que lhe apetecer. Inclusive matá-las.
Esses programas de controle da venda de armas legais estão a postos para serem colocados em prática sempre que algum evento de apelo emocional ocorre. E o resultado: elevação e não a diminuição da criminalidade. A segurança só aumenta para os criminosos e não para população de bem.
Independente da necessária auto proteção, nossas autoridades deveriam saber que há uma campanha mundial contra a possibilidade de resistência dos “futuros alvos”. A ONU endossa o engodo e compara o desarmamento civil de armas leves aos acordos de não proliferação de armas nucleares entre países. É fácil entender o porquê.
COM QUE INTENÇÕES?
A Europa, sem olhar seus problemas financeiros, se propõe a gastar dinheiro para preservar toda a vegetação nativa da Amazônia, mesmo que isto impeça o desenvolvimento da produção. A imprensa européia, esquecendo suas próprias crises, produz artigos sobre a situação dos Guarani Kaiowá e sobre o “Acampamento Internacional de Observadores dos Guarani-Kaiowá em Mato Grosso do Sul”. Que caras de pau.
O MOTIVO ERRADO
O aumento da capacidade militar do nosso País visaria viabilizar a aspiração a um lugar permanente no Conselho de Segurança da ONU. Isto pouco interessa. Só cumpre decisões desse Conselho quem quer. O verdadeiro motivo é dissuadir aventuras estrangeiras e defender os interesses do nosso País quando necessário. Alguns ingênuos imaginam que o Brasil, ao contrário de países como Rússia e China, não enfrenta nenhuma ameaça de origem externa, capaz de justificar níveis elevados de gastos militares. Ledo engano. Nada há e mais perigoso do que riquezas que não se pode defender.

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