14/10/2012
Giulio Sanmartini
O poríssima louca venezuelano Hugo Cháves, pela quarta vez consecutiva elegeu-se presidente de seu país. Criou um tipo de ditadura maquiada de democracia e pretensiosamente diz-se a reencarnação de Simão Bolívar.
Mas entre os dois há uma grande diferença, o primeiro é um bufão de pantomima circense enquanto o último foi uma homem instruído, culto, liberal e cativante.
Sempre cito um exemplo da presença de espírito de Bolívar, contada por Gabriel Garcia Marques no livro “El general en su laberinto” (O general no seu labirinto – 1990).
Estava Bolívar numa festa quando foi apresentado a uma lindíssima mulher, que falava francês, então deu-se o seguinte diálogo:
- Que belo o francês com quem a senhora está me brindando. – disse o mulherengo Simão.
- É que eu nasci e me criei em Fort-de-France, na Martinica.
- Ah! Terra de Josefina Bonaparte – continuou ele.
- General, pela sua fama, eu esperava algo mais desse detalhe, que é o que dizem todos sobre minha terra.
Bolívar não se apertou e começou a descrever detalhadamente a casa onde nascera Josefina e ainda discorreu com propriedade sobre os lugares românticos da ilha.
A bela dama, mostrando agradável surpresa disse:
- Perdoe-me general, mas não sabia que o senhor conhecia Martinica.
- Nunca estive na Martinica – começou Bolívar com um sorriso conquistador – mas tinha a certeza que um dia conheceria a mais bela mulher do mundo nascida nessa ilha, portanto passeia vida inteira estudando sobre o local até que o fato se concretiza-se, como está acontecendo agora.
Bem, voltando ao canhestro Chávez.
Sua popularidade contrasta com a rejeição pela classe média, afetada pelas restrições econômicas impostas em nome de sua revolução e pelas políticas de desapropriação de empresas privadas.
Seu discurso beligerante tem polarizado a sociedade, ao demonizar seus oponentes e queimar todas as pontes de entendimento com a outra metade do país -politicamente, uma estratégia muito rentável, admitem fontes próximas ao governo.
Chávez trata seus homólogos no plano internacional com a mesma intensidade, respeito ou desprezo, chegando a dizer que havia sentido cheiro de “enxofre” na tribuna da Assembleia Geral da ONU, em 2007, depois de ter passado pelo então presidente americano, George W. Bush.
Ele retomou do líder cubano Fidel Castro, seu mentor, as bandeiras contra os Estados Unidos e liderou um grupo de governos regionais de esquerda hostis a Washington. Também teceu parcerias com os governos polêmicos de Irã, Belarus e Líbia.
Mas tem sido pragmático o suficiente para continuar a vender diariamente para os Estados Unidos um milhão de barris de petróleo.
Com seus petrodólares, também estabeleceu iniciativas regionais como o grupo de coordenação política Alternativa Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba) e subsidiou o petróleo da Petrocaribe.
Seu discurso beligerante tem polarizado a sociedade, ao demonizar seus oponentes e queimar todas as pontes de entendimento com a outra metade do país -politicamente, uma estratégia muito rentável, admitem fontes próximas ao governo.
Chávez trata seus homólogos no plano internacional com a mesma intensidade, respeito ou desprezo, chegando a dizer que havia sentido cheiro de “enxofre” na tribuna da Assembleia Geral da ONU, em 2007, depois de ter passado pelo então presidente americano, George W. Bush.
Ele retomou do líder cubano Fidel Castro, seu mentor, as bandeiras contra os Estados Unidos e liderou um grupo de governos regionais de esquerda hostis a Washington. Também teceu parcerias com os governos polêmicos de Irã, Belarus e Líbia.
Mas tem sido pragmático o suficiente para continuar a vender diariamente para os Estados Unidos um milhão de barris de petróleo.
Com seus petrodólares, também estabeleceu iniciativas regionais como o grupo de coordenação política Alternativa Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba) e subsidiou o petróleo da Petrocaribe.
Por sorte será difícil que termine seu mandato, acometido pelo câncer que o corrói, caso contrário, podem crer tentaria o 5° mandato.
(1) Fonte: The Passira News
(2) Charge na fotomontagem: Chappatte.
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