Apesar de brigar na Justiça por herança de pais, avó deixou bens para condenada
Mesmo após matar os pais, Suzane von Richthofen continua brigando com o irmão Andréas por metade da herança. Um processo, porém, pode impedir que a condenada receba os bens dos pais. Mesmo sem a decisão da Justiça, é possível antecipar que a jovem não deve ficar sem dinheiro quando deixar a prisão. ...
Investigação feita pelo Jornal da Record mostrou que Suzane recebeu da Previdência Social uma pensão pela morte do pai, que é de cerca de R$ 1.000 por mês. Um documento mostra que a avó paterna, Margot, mesmo depois do crime, não deserdou a neta e incluiu o nome de Suzane no testamento. Ela deixou uma casa, avaliada hoje em R$ 500 mil, um automóvel e R$ 50 mil em uma conta bancária.
A avó também deixou para Suzane parte das joias da família Richthofen. Segundo o inventário, Manfred, o pai de Suzane, que era filho único, guardava as joias no cofre de um banco da avenida paulista, hoje lacrado pela Justiça.
Herança dos pais
O patrimônio que agora Suzane disputa com o irmão inclui o casarão da família num bairro nobre de São Paulo. O pai de Suzane e Andreas comprou o imóvel por R$ 330 mil reais em 1998. A casa foi a prova do sucesso de Manfred, que era diretor de engenharia da Dersa, a empresa que controla a construção de rodovias em São Paulo. O orgulho do engenheiro era ter dirigido as obras da primeira fase do rodoanel, que movimentaram bilhões de reais.
O Ministério Público de São Paulo chegou a investigar a suspeita, nunca confirmada, de que Manfred desviava dinheiro das obras para contas na Suíça, uma delas destinada a Suzane. O dinheiro também irrigaria o caixa dois de campanhas políticas. A investigação foi arquivada por falta de provas.
O homem que faz a defesa de Suzane, Denivaldo Barni, foi advogado da Dersa e colega de trabalho do pai dela na empresa. Ele sempre esteve ao lado de Suzane e não quer dar entrevistas. Existem estimativas de que a herança disputada por Suzane e Andreas envolve imóveis que valem hoje mais de R$ 10 milhões. Mas isso é incerto, depende das flutuações do mercado.
O juiz encarregado de decidir sobre o inventário de Manfred e Marísia chegou a tomar uma decisão. Na sentença, decretou que Andreas ficaria com bens equivalentes a R$ 786 mil. A parte de Suzane seria de R$ 1,86 milhão. Os valores não são atualizados.
Mas, na prática, todo o dinheiro ficaria com Andreas, porque Suzane, antes do julgamento, anunciou que desistiria da herança dos pais. Mas, chamada a depor no processo, Suzane voltou atrás. Em 13 de agosto de 2007, disse: "A depoente manifesta seu desejo de ser considerada herdeira de seus pais, desistindo da renúncia à herança".
Ação
Para afastar a irmã do dinheiro dos pais, Andreas move uma ação para considerar Suzane indigna da herança, o que está previsto na legislação brasileira, já que ela foi condenada pela morte de Manfred e Marísia.
Ele ganhou em primeira instância, mas Suzane recorreu. A disputa pode se arrastar por mais alguns anos.
Assista ao vídeo:
Investigação feita pelo Jornal da Record mostrou que Suzane recebeu da Previdência Social uma pensão pela morte do pai, que é de cerca de R$ 1.000 por mês. Um documento mostra que a avó paterna, Margot, mesmo depois do crime, não deserdou a neta e incluiu o nome de Suzane no testamento. Ela deixou uma casa, avaliada hoje em R$ 500 mil, um automóvel e R$ 50 mil em uma conta bancária.
A avó também deixou para Suzane parte das joias da família Richthofen. Segundo o inventário, Manfred, o pai de Suzane, que era filho único, guardava as joias no cofre de um banco da avenida paulista, hoje lacrado pela Justiça.
Herança dos pais
O patrimônio que agora Suzane disputa com o irmão inclui o casarão da família num bairro nobre de São Paulo. O pai de Suzane e Andreas comprou o imóvel por R$ 330 mil reais em 1998. A casa foi a prova do sucesso de Manfred, que era diretor de engenharia da Dersa, a empresa que controla a construção de rodovias em São Paulo. O orgulho do engenheiro era ter dirigido as obras da primeira fase do rodoanel, que movimentaram bilhões de reais.
O Ministério Público de São Paulo chegou a investigar a suspeita, nunca confirmada, de que Manfred desviava dinheiro das obras para contas na Suíça, uma delas destinada a Suzane. O dinheiro também irrigaria o caixa dois de campanhas políticas. A investigação foi arquivada por falta de provas.
O homem que faz a defesa de Suzane, Denivaldo Barni, foi advogado da Dersa e colega de trabalho do pai dela na empresa. Ele sempre esteve ao lado de Suzane e não quer dar entrevistas. Existem estimativas de que a herança disputada por Suzane e Andreas envolve imóveis que valem hoje mais de R$ 10 milhões. Mas isso é incerto, depende das flutuações do mercado.
O juiz encarregado de decidir sobre o inventário de Manfred e Marísia chegou a tomar uma decisão. Na sentença, decretou que Andreas ficaria com bens equivalentes a R$ 786 mil. A parte de Suzane seria de R$ 1,86 milhão. Os valores não são atualizados.
Mas, na prática, todo o dinheiro ficaria com Andreas, porque Suzane, antes do julgamento, anunciou que desistiria da herança dos pais. Mas, chamada a depor no processo, Suzane voltou atrás. Em 13 de agosto de 2007, disse: "A depoente manifesta seu desejo de ser considerada herdeira de seus pais, desistindo da renúncia à herança".
Ação
Para afastar a irmã do dinheiro dos pais, Andreas move uma ação para considerar Suzane indigna da herança, o que está previsto na legislação brasileira, já que ela foi condenada pela morte de Manfred e Marísia.
Ele ganhou em primeira instância, mas Suzane recorreu. A disputa pode se arrastar por mais alguns anos.
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