quinta-feira, 25 de outubro de 2012

C’EST LA GUERRE, “ERENICE” (1)


Giulio Sanmartini
A presidente Dilma Rousseff, quando candidata  ao cargo, teve que deixar a titularidade do  Ministério da Casa Civil, que foi ocupado por sua auxiliar e amiga Erenice Guerra. Todavia esta, em poucos meses teve que pedir demissão, envolvida que estava em falcatruas junto com seu filho Israel Guerra.
Esse fato causou problemas à candidata Dilma, que se viu posta nas cordas pelo também candidato do PSOL Plínio Arruda Sampaio, que lhe perguntou de chofre: “Você é incompetente ou conivente. Você vai escolher outra Erenice por aí?”.
Dilma rebateu o questionamento, afirmando: “Caso eu seja eleita  e se o atual governo não ter concluído a apuração do caso da Casa Civil, eu te asseguro que eu irei investigá-lo até o fim”. Leia mais em  Dona Dilma, a canhestra. – 16/10.
A tal rigorosa apuração jamais foi feita e Erenice Guerra continuou a privar de estreita amizade, com a já eleita presidente, como pode se ver na cerimônia da posse. (foto).
Todavia, o lobo perde o pelo, mas não perde o vício e Erenice  volta ao noticiário, com novas notícias de sua duvidosa honestidade pessoal.
Ela continua circulando por gabinetes de ministros debatendo processos sobre a concessão das linhas interestaduais de ônibus, a ser lançada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) em 2013.
A licitação, que definirá o futuro de um setor que fatura R$ 3 bilhões anuais, esbarra no lobby das grandes viações do País, autoras de ação no TCU contra o plano de outorgas de mais de 1,6 mil linhas.
Erenice marca audiências e transita no tribunal na condição de advogada. Nos últimos três meses, ela  esteve duas vezes no gabinete do ministro José Múcio. Ex-colega de governo Lula, com quem disputou vaga no TCU, ele é relator do processo de acompanha mento do plano de outorgas.
Questionada pela imprensa, Erenice disse que estava ali na condição de advogada, mas não quis detalhar quais eram seus clientes ou processos de interesse.
O  Estadão (jornal O Estado de São Paulo) perguntou ao TCU, por meio da Lei de Acesso à Informação, em quais processos Erenice está constituída como advogada. A ouvidoria do tribunal  informou, em 20 de setembro, que nem ela nem a irmã Maria Euriza Alves de Carvalho, sócia da ex-ministra numa banca do Lago Sul, estão constituídas como procuradoras em processos.
E aí dona Dilma, como é que fica agora? se não é conivente é cúmplice.
(1) É a guerra.

Nenhum comentário:

Postar um comentário