24/10/2012
Giulio Sanmartini
Luiz Inácio Lula da Silva, no período que esteve bastante exposto à observações gerais, demonstrou ser um indivíduo sem qualquer senso de caráter. Ele não tem amigos, tem uma corja de bajuladores servis, que os trata como coisa descartável: usou jogou fora.
Todavia, a parte mais forte de sua doentia personalidade reside na facilidade que tem de aproximar-se e ligar-se a tudo que não presta, seja no Brasil, seja no exterior.
No item proteger o que não presta a atual presidente Dilma Rousseff, vem dado mostras de ser excremento do mesmo urinol que seu inventor.
Esses dias escrevi sobre a amizade e proteção que tem pela sua desonesta amiga Erenice Guerra. (vide C’est la guerre, “Erenice”de 23/10).
Nesse caso Dilma pode alegar que desconhece o que sua ex-colaboradora faz longe de seus olhos, mas o caso que vou relatar, não tem desculpas.
Tratam-se de coisas pouco claras feitas pelo seu mais estreito e querido ministro, o do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel.
Existiam contra ele dois processo na Comissão de Ética da Presidência da República o de uma sua empresa de consultoria, antes de ele assumir o cargo de ministro; e o fretamento de jatinho para viagem na Europa, quando ele já despachava na Esplanada dos Ministérios.
No primeiro caso sua empresa a P-21 Consultoria e Projetos Ltda., faturou R$ 2 milhões em 2009 e 2010, ou seja entre sua saída da Prefeitura de Belo Horizonte e a chegada ao governo Dilma Rousseff. Os dois principais clientes do então ex-prefeito foram a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e o grupo da construtora mineira Convap. A federação pagou R$ 1 milhão por nove meses de consultoria de Pimentel, em 2009, e a construtora, outros R$ 514 mil, no ano seguinte.
No outro caso ele fez uso de avião fretado pelo empresário João Dória Júnior, em outubro do ano passado, numa viagem entre a Bulgária, onde Pimentel integrava a comitiva da presidente Dilma Rousseff, e a Itália, quando se reuniu com empresários brasileiros e italianos.
Em junho passado, o então conselheiro Fábio Coutinho havia defendido a aplicação de uma advertência a Pimentel por conta dos negócios de consultoria, voto acompanhado de Marília Muricy. Os dois conselheiros não foram depois reconduzidos ao cargo pela presidente Dilma Rousseff, o que levou ao pedido de renúncia do então presidente da comissão, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Sepúlveda Pertence.
Esses fatos mostram de forma cabal, a conivência de Dilma Rousseff em negócios poucos lícitos.
Está a cada dia mais difícil encontrar alguém ilibado no Partido dos Trabalhadores PT:
(1) Foto: O primeiro damo, na posse da sua presidenta.
(2) Texto de apoio: Rafael Moraes Moura.
Nenhum comentário:
Postar um comentário