quarta-feira, 22 de agosto de 2012

RATAZANAS PERFUMADAS



Walter Marquart
O logotipo mais temido pelas ratazanas é o da Bayer. Potente sigla, colocada ao lado do saco de milho e, com garantia, nenhum grão será danificado.
Ah! Que benção, que crescimento “desvairado” o Brasil teria se aquela firma alemã desenvolvesse um poderoso raticida para combater os ratos humanos, ratos do orçamento, roedores chamados de empreiteiros, lobistas e “donos” do orçamento público.
Os ratos de orçamento (empreiteiros e banqueiros) são potencialmente muito mais destruidores do que os roedores; aqueles se alojam em castelos, apartamentos Blue Three, são amantes do luxo, gabinetes refrigerados, Palácios de Governo que  imitam o desvário do Rei Louco da Alemanha, que acabou entregando toda a sua fortuna ao Rothschield de plantão. Eles estão presentes em todas as mesas que decidem onde aplicar o orçamento público. Os ratos do orçamento possuem muita energia e vivem, com toda a sua autoridade, exigindo aumento de carga tributária para, logo a seguir, consumir todas as verbas, sem plano e sem consciência.
É uma praga de grande porte, indiferentes cores: branca, amarela ou negra, roubam os pobres com igual apetite, detonam a arrecadação e ainda urinam onde passam. São freqüentadores assíduos dos vôos com destino à Brasília. São exigentes no trato, perdulários, refinados, não poupam em serviçais e carros, sempre pagos pelo governo; exigem geladeiras recheadas e muito álcool para purificar a garganta, para eles e acompanhantes, o melhor inibidor da consciência. Habituaram-se e exigem que tudo seja discutido a dois, sem testemunhas. Dinheiro vivo, por favor!
Espécie de ratazanas que não se afastam do cinismo e da canalhice, mas exigem tratamento fidalgo: excelência, digno, ilustre e brilhante; suas aparências não permitem a ninguém pensar, nem de longe, tratar-se de um tipo muito danoso de roedor voraz do dinheiro público.
São ratazanas (E COMO PROCRIAM) com aparências humanas que elegeram Brasília como o seu inexpugnável “quartel general”. Exigem o prévio asfaltamento da interlocução, que devem ser antecedidas por outros ratos, não menos vorazes, chamados de lobistas. As ratazanas contam com os menos vorazes porque, igualmente a eles próprios, são mais lisos que o sabão e mais jeitosos que a vaselina, conversa sempre elegante, apropriada e adequada, sempre com os egos acariciados para, no momento maduro, “apialar” todo aquele que os auxiliar a consumir o orçamento público. Para inimigos, sempre a PF com dossiês engavetados.
Desafortunadamente o povo tem se mostrado ignorante ao vender o seu voto, acreditar nas mentirinhas e não procurar saber o que é impunidade, relações clandestinas ou foro privilegiado.
Que tristeza! O Brasil está infestado de ratazanas corruptas e corruptoras. O seu povo, faminto da verdade límpida e transparente, se entrega e vota na urina que só produzirá mais “peste negra”, dinheiro não contabilizado, caixa dois e partidos políticos com filosofias indeterminadas.
Se a Bayer não quiser se responsabilizar pela pesquisa, a alternativa será o trintaoitão que terá que ser manuseado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário