RIO - O Brasil é o quarto país mais desigual da América Latina e Caribe, segundo estudo apresentado hoje pelo ONU-Habitat, o programa das Nações Unidas para habitação. Na região, o país só fica atrás de Guatemala, Honduras e Colômbia.
Todos os quatro têm Índice de Gini acima de 0,56. Nesta escala, que vai de 0 a 1, quanto mais próximo de 1, mais desigual é o país.
A cidade de Goiânia foi considerada a mais desigual em toda a América Latina e o Caribe. O Gini da capital goiana é de 0,65, seguida por Fortaleza, com índice acima de 0,60.
De acordo com Erik Vittrup, principal autoridade de assentamentos humanos do ONU-Habitat, a desigualdade é o principal desafio na região. Atualmente, 111 milhões de pessoas vivem em condições habitacionais semelhantes a favelas na América Latina e Caribe.
Segundo o ONU-Habitat, a oferta de habitações nas cidades da região ainda é inferior à demanda em todos os países latino-americanos e caribenhos.
Os países menos desiguais na região são Venezuela, Uruguai, Peru e El Salvador.
“A favelização na América Latina não é mais rápida que a média mundial, mas é suficientemente rápida para ser preocupante”, diz Vittrup, para quem a região vive um momento “extremamente interessante”, que permite enfrentar os desafios das grandes cidades
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