sexta-feira, 20 de julho de 2012

Neil Ferreira sobre as eleições em SP: “Astróloga diz que vai dar brimo Haddad; vai nada”


20/07/2012
 às 14:00 \ Política & Cia


astróloga
Madame disse que vai dar Haddad: ou é que o sistema solar foi cooptado pela marqueteragem do brimo Haddad. Ou ela o fez, pisando os astros distraídos
Por Neil cético Ferreira, publicado no Diário do Comércio da Associação Comercial de São Paulo, excelente jornal feito pela equipe comandada pelo talentoso e experiente jornalista Moisés Rabinovici.

Astróloga diz que vai dar brimo Haddad; vai nada
Nada entendo de astrologia, mas entendo de propoganda enganosa; vai dar o brimo Haddad coisíssima nenhuma. Os astros e estrelas erraram feio neste chute que deram. Ou estão divulgando propaganda enganosa.
Quem proferiu tamanha barbaridade foi a astróloga de renome internacional, Maricy V*. Se ela leu nos astros e estrelas o que disse que leu, então até mesmo o sistema solar foi cooptado pela marqueteragem do brimo Haddad. Ou ela o fez, pisando os astros distraídos.
Eu conheço Maricy V*; é uma astróloga que tem uma clientela da pesada, tubarões da Wall Street. Meia dúzia dessas feras mancomunadas, provocou um tombo mundial, tsunâmico e trilhonário em 2008. O mundo ainda não se recuperou e até a China levou um trompaço. Eu estou na pindaíba até hoje.
Aqui tivemos só “uma marolinha”, bravateou o bravateiro mor e Premero Inconomista, também conhecido como Cascatão. (Cascatão pode mais do que Cascata, que pode mais do que Cachoeira, que pode mais do que Cascatinha e Inhana). A “marolinha” me afogou; você viu a fundura do poço em que afundaram as ações da Petrobrás, menos vítimas da “marolinha” e mais da péssima e suspeita administração cumpanhera.
Não dou fé de que a Maricy V* acerta todas; quando a conheci fiquei bem impressionado. Ela acertou na primeira; tenho fama de pão-duro, e sou. Sem nunca ter me visto, a madama mandou bem: “Você está precoupado com o preço da consulta”. Estava. “Não fique”, disse com firmeza. Fiquei.
Aconselhou-me a não apostar na loteca; os astros diziam que eu jamais ganharia e a dinheirama que deixaria de perder cobriria o que eu estava pagando. Nunca mais joguei, nunca mais perdi; viciei em não jogar, em compensação perdi todas as chances de ganhar. Paguei os olhos da cara, 100 dólares; hoje custa os olhos, o nariz e os beiços, 400.
Quando o cumpahero é apanhado em flagrante com a boca na botija, as leis pós-criadas pelo Advogado de Todos os Diabos, Thomaz Bastos, livram as caras de todo mundo e trazem o perdão a cavalo, como a Lei do “Dinheiro Não Contablizado”.
Revolta constatar que o bode expiatório de toda a bodaiada do mensalão, o cumpanhero Delúbio, nunca pegará cana por “malfeitos e “erros” cometidos lá atrás, ao levantar grana da grossa enfurnada em colchões ilustres, “doada” para sustentar a campanha do Cascatão . O “malfeito”foi mais que provado. Sua participação explícita na quadrilha da Operação Mensalão, perdeu-se nas brumas dos tempos. A oposicinha ficou de bocca chiusa, talvez molhando suas mãozinhas nas águas turvas do Cascatão.
delubio-tesoureiro
"Esse indivíduo, PhD Summa Cum Laude na prática da arte de molhar mãos, molhou as da base alugada liberando os úberes fartos da viúva"
Esse indivíduo, PhD Summa Cum Laude na prática da arte de molhar mãos, molhou as da base alugada liberando os úberes fartos da viúva, para a cumpanherada mamar com sofreguidão. O queijo, dividido em 36 pedaços, cada um do tamanho das bocarras dos roedores, que abrigam dentes em mau estado de conservação, é devorado pela rataiada ex-magra e ainda faminta, que engorda a olhos vistos, é só ver nos jornais as fotos das barrigas “genoinamente” proeminentes.
Por falar em roedores de proeminência reverendíssima, foi identificada uma espécie nova e voraz, a dos Assessoróticus, família dos Insaciabilis, com dois roliços espécimes catalogados, o Palófficus em São Paulo, e o Pimentéllicus em Minas, ambos com  características semelhantes, cara de um focinho do outro.
Não sei se acredito ou não em Astrologia; acredito, porém, com toda firmeza, na existência de propaganda mentirosa e na enganação que dela exala. Aprendi a idenficá-la em mais de 40 anos na publicidade.
Agora mais do que nunca, a mentira e a enganação estão presentes na propaganda oficial, que louva as “glórias” do goverrno; e na propaganda política, que entroniza a reincarnação do Padim Padi Ciço no altar dos palanques. Dou uns exemplos esclarecedores.
O mais torpe é o “Lulinha paz e amor”, obrado pelo marquetero Duda Mendonça, pago em dólares em paraísos fiscais, “erro” confessado às lágrimas, ao vivo pela tv, aos olhos da nação estarrecida. Estarrecida uma pinoia; este é “o país dos mais de 80%”, que acreditam em Papai Noel.
Não menos torpes, o já esquecido “Fome Zero”; o PAC inexistente e superfaturado; “Minha casa minha vida”; o pobre que virou Crasse Mérdia sem sair da mérdia; o Classe Média, que atirado à mérdia virou Crasse Mérdia; a transposição do Rio São Francisco; Eia Sus, o SUS, “uma das melhores saúdes do mundo”; o petróleo Pré Sal, ninguém sentiu nem o cheiro dele; a refinaria fantasma, “construída”em parceria com o cumpañero Tchávez; o trem bala-perdida (bala-perdida que vai direta nos bolsos de todos otários pagadores de impostos).
Não pode dar Haddad
"Não pode dar Haddad - Toc toc toc na madeira, mangalô treis veis zinfio" (Foto: VEJA.com)
Não é impossivel que a Maricy V*, ao ler nos astros e estrelas esse quadro geral, tenha intuído que a releitura em Novilíngua castiça, dando vitória ao brimo Haddad, poderia guiá-la através da yellow brick road até o fim do Arco Iris, dindindonde se encontra o pote de ouro – ou o famigerado mapa da mina.
Toc toc toc na madeira, mangalô treis veis zinfio

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