A FGV divulgou hoje que a inflação medida pelo IGP-M apresentou alta de 1,34% em julho, acelerando em relação ao registrado em junho (0,66%) e no mesmo mês do ano passado (-0,12%). Com esse resultado, que ficou acima do previsto pelos analistas, o acumulado em 12 meses pulou de 5,14% para 6,99%, uma variação de 1,85 ponto percentual, a maior desde junho de 2008, segundo o economista Luis Otavio de Souza Leal, do banco ABC Brasil.
Ele explicou que a alta dos preços dos produtos agrícolas e industriais no atacado estão por trás desse aumento do IGP-M. No primeiro caso, a pressão vem dos grãos, como soja e milho, e por alguns alimentos in natura, como o tomate, que subiu 93,12%; no segundo caso, o aumento dos combustíveis mais que compensou a queda do IPI dos automóveis, de acordo com o economista.
- Com essas pressões, o primeiro acabou subindo 3,91%, a maior variação desde novembro de 2010, enquanto o segundo chegou a 1,05%. Para agosto, é esperada alguma descompressão do IPA agrícola, mais pela queda acentuada dos alimentos in natura do que dos grãos que, na melhor das hipóteses, vão simplesmente parar de subir. Entretanto, o IPA industrial deverá voltar a se acelerar devido ao aumento do diesel. Pelo lado do IPC, deveremos vem um resultado muito próximo dos 0,25% apurados agora, com o impacto de qualquer redução das tarifas de energia elétrica só refletindo no índice a partir de setembro - explica Leal.
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