TOLERÂNCIA ZERO OU O CAOS
Gil
- Gil
Ou criamos vergonha na cara, ou aceitemos o caos. Ou nos tornamos CIDADÃOS ou aceitamos a baderna.
Quando falo em caos, não é uma figura de linguagem: é a baderna total, o crime sem limites, o assalto federal e o assalto à mão armada.
Se ainda existe lei, tem de ser para todos, igual para o mendigo e para o presidente da república. Até no escrever, as leis tem de ser gerais: Se Presidente da República deve ter letras maiúsculas, então a palavra Mendigo deveria ser escrito com letras capitais.
Não podemos esperar que os políticos que tem o poder queiram modificar o atual estado de coisas. Todos eles usufruem das benesses desse poder. Se houver um único capaz de ler e entender o que aqui está escrito, é exatamente isso: único. Não haverá quantidade de votos capaz de aprovar nenhuma modificação de leis que beneficie o cidadão comum – porque isso implica uma redução para eles de privilégios e poder.
Quer o fim do foro privilegiado? Quer o fim do “VOCÊ SABE COM QUEM ESTÁ FALANDO”? Espere sentado. Algumas FUNÇÕES exigem certas prerrogativas. Só que não tem direito adquirido à essas prerrogativas as PESSOAS que exercem aquelas funções, e os próprios juízes erram ao fazer essa distinção.
Só AS RUAS conseguiram alguma alteração no estado de coisas na França da Revolução, na Russia de 1017, nos Estados Unidos quando se revoltaram contra o imposto do chá. Os sindicatos e suas greves jamais conseguiram nada, porque sempre tiveram o discurso de “força da união” mas sempre foram separatistas: suas reivindicações sempre foram para conseguirem privilégios “para a classe”… mas o sindicalizado não enxerga que os líderes querem (e os conduzem como o pastor conduz as ovelhas) privilégios para a classe dos líderes. Aponte-me um único presidente ou diretor de sindicato que tenha salário menor que o triplo da média de seu sindicato. Mas não acredite em milagres – a imediata consequência dos três movimentos que citei foi guerra civil, matança e caos. Nos corretos movimentos de rua dos últimos anos houve amostra disso com os mascarados armados que implantaram o caos no Rio e em S.Paulo.
Tenho alguma solução a apresentar? Não! Mas tenho uma advertência: antes de reclamar, atente para os teus motivos para se manifestar, seja qual for a forma. Se você quer mesmo essa tal de IGUALDADE, não pode ter como motivo oculto PRIVILÉGIOS ESPECIAIS. Não pode querer ter carro e reclamar do transito engarrafado. Não pode querer ter mais do que tem o teu vizinho. Não pode querer passar na frente de outro na fila, ou deixar de pagar a passagem de ônibus por ser idoso (mas pode ser paciente com a preferência de quem tem dificuldade de locomoção). Não pode concordar com a “LEI DE GERSON” e aceitar qualquer vantagem ilógica. Nem pode ser burro e impedir a passagem do motorista que vai dirigir o ônibus só porque você chegou antes à rodoviária.
Um juiz, por exemplo, é AUTORIDADE quando está NO TRIBUNAL. Tem prerrogativas especiais – nessa situação. Um delegado, quando no exercício de sua função. E sejamos conscientes: se da farda de um policial a arma faz parte, ele tem a obrigação e o direito de sacá-la e até matar – no exercício de suas funções. Mas o presidente da república, o senador ou o deputado – e nem mesmo um ministro do Supremo Tribunal Federal – pode ter o privilégio de se supor divino ou rasgar a Lei Maior, a Constituição.
Qualquer um que cometa CRIME tem de responder por ele. E qualquer um que não tenha coragem de expressar aquilo em que acredita ou defender seus direitos estará concordando em abaixar a cabeça para a “ditadura dos outros”. Essa ditadura pode extrema, à direita ou à esquerda, armada ou não. Mas quando a VONTADE de uns é imposta à vontade de outros e a sociedade aceita INTOCÁVEIS que podem roubar ou matar impunemente, a civilização acaba e o destino final é o caos.
Já passa da hora de escolher: ou exigimos que todas seis sejam cumpridas por todos ou teremos o caos total. Não há qualquer outra alternativa.
Esclarecimento UM:
O cidadão pode fazer tudo o que as leis não proíbem.
O funcionário público (ou ente público, inclusive políticos e partidos) só pode fazer o que as leis permitem (expressamente)
Esclarecimento DOIS:
Considero como lei fundamental: o direito de um termina onde começa o direito do outro.
Sou contra qualquer manifestação de rua que implique prejudicar a vida do cidadão comum. Uma passeata ou uma corrida de bicicletas não pode interromper o trânsito ou prejudicar a passagem de ambulâncias ou carros de polícia ou bombeiros. Se o que exigimos é o respeito às leis, temos de começar por respeitá-las. Passeata? Em domingo e pelas calçadas e respeitando os semáforos, mesmo em trajeto curto durará mais tempo, podendo chegar mais manifestantes e terá o aspecto de que o Brasil inteiro está na rua.
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