sexta-feira, 10 de março de 2017

SEM-FUTURO - por Marjorie Salu

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

"A mudança é a lei da vida. E aqueles que confiam somente no passado ou no presente estão destinados a perder o futuro." (John Kennedy)
A reforma da previdência é necessária e urgente para garantir os benefícios dos contribuintes passados, presentes e futuros. Infelizmente não é assim que vê a oposição populista – autodenominada “socialista”. Os sem-futuro.
É claro que para os estudiosos do problema, que têm olhos de ver e ouvidos de ouvir não creem no alardeado “rombo na Previdência”. Os que assim consideram escondem a massa de devedores da dupla contribuição, dívida que chega a trilhões. Estão aí, entre os maiores, com bilhões de reais caloteados, a massa falida da Varig e a JBS/Friboi, onde a Famiglia Lula da Silva tem interesses.
Os sem-futuro, na maioria “parasitas do dinheiro público” como se refere um editorial do Estadão, fazem de tudo para contaminar as reformas. A pelegagem se mostra hostil, incapaz de assumir responsabilidades. Entre eles se apresenta o pelegão Paulinho da Força, dono do partido fisiológico Solidariedade.
Há nos demais partidos – para não falar da esquerda bolivariana, PT e seus puxadinhos – parlamentares que, por demagogia, se mostram “defensores” dos contribuintes, sem levar em conta a realidade.
Entretanto, cobradas as dívidas, que é uma exigência nacional, o projeto traz medidas positivas nas regras de transição e a proposta de que os benefícios se desliguem da referência com o salário mínimo.
É preciso destacar, particularmente, a conjuntura de que a população brasileira está vivendo mais, com mais idosos do que no século passado. Uma conquista maravilhosa que deve ser acompanhada de garantias vindouras, já que as novas gerações que sustentam o espólio previdenciário, diminuem.
Uma verdade incontestável é que os governos dos três níveis, federal, estadual e municipal, nunca levaram a sério o fundo previdenciário, usando-o a seu bel prazer e distribuindo benesses a torto e direito.
Veja-se que a União se responsabiliza por privilégios colonialistas, atendendo políticos, com aposentadorias e pensões absurdas e militares, que mantêm vantagens próprias diferenciadas dos demais. Os Estados gastam inexplicavelmente R$ 35,8 milhões por ano com pensões de ex-governadores e viúvas.
Com esta constatação é fácil provar que a soma dos calotes com os disparatados privilégios para algumas categorias, que existe um “rombo”; um enganoso argumento dos que resistem às reformas.
Outras deduções ilusórias dos sem-futuro, está na diferenciação de gênero, distinguindo a mulher trabalhadora – que já goza de vários benefícios – do homem trabalhador, usando a “dupla jornada” (no trabalho externo e na moradia) como se atualmente os homens, em grande parte, também não se submetessem a este expediente.
É preciso que tenhamos a obrigação de olhar para o porvir. Não é o destino que vai construir a base previdenciária para atender quem contribui durante anos como garantia de uma velhice tranquila.
Sei, e não me sinto solitário, que tais considerações não agradam a muitas pessoas, mas é preciso que alguém fale e diga tudo para garantir que os contribuintes obtenham o direito adquirido da aposentadoria integral.
E isto não ocorrerá sendo negada a Previdência aos que têm direito, se forem mantidos privilégios que favorecem aqueles que são “mais iguais do que os outros”...

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