quarta-feira, 21 de outubro de 2015

POVO BANANA - Raphael Curvo


Raphael-CurvoA Coluna de Raphael Curvo


É muito interessante escutar, ver e ler que o impeachment de Dillma não é possível pois não existe base jurídica e política para tal. Como a maioria da população não tem o mínimo conhecimento do que está se passando ela fica refém dessas imbecilidades colocadas na mídia como verdadeiras. Mais, são transformadas em verdades incontestes e que tem motivação só para cassar aquela que representa o pobre no governo, assim implantado pelo Partido dos Trabalhadores nas cabeças vazias do nosso sofrido povo. Não bastasse, surge de novo o maior dos pilantras e enganador da Nação, o ilusionista Lulla, para dizer a população e aos bananas dos seus seguidores, que Dillma cometeu um ilícito, as pedaladas, em defesa do oprimido que foi salvo por ele com a ampliação do programa Bolsa Família do PSDB, da ex-primeira dama Ruth Cardoso, e com a expansão de outro programa, batizado, como novo, de “Minha Casa, Minha Vida” o que já vinha sendo promovido pelos governos desde a época dos militares com o BNH. Só que as pedaladas favoreceram em mais de 80% as grandes empresas.

Seria cômico se não fosse sério, a fala do ex presidente que atesta o ilícito da sua pupila Dillma e mesmo assim, contesta a licitude do impeachment com base no crime de responsabilidade fiscal. Ela tem vários ilícitos cometidos que vem desde o período como Presidente do Conselho de Administração da Petrobrás.

É dela, Dillma, a responsabilidade maior da perda de bilhões de dólares com a compra da refinaria de Pasadena nos Estados Unidos. Foi a assinatura dela que deu início a compra do “mico” todo enferrujado, mas que já tinha acertos antecipados para a empresa, amiguinha do Lulla, a Odebrechet, fazer toda a reforma. Aliás, muito bem bolado o esquema porque a refinaria era uma sucata e aí estava a justificativa que se basearia em colocá-la em operacionalidade e, para fechar, vários pixuléquinhos iriam sair por aí pixunpulandos de mão em mão. Teríamos mais motivos ilícitos como empréstimos internacionais do BNDES sem aprovação do Senado Federal e por aí vai. Sem mencionar o crime financeiro com o empréstimo do mesmo banco aos clientes com juros abaixo do que paga ao Tesouro Nacional, imoral, porque no fim somos nós que cobrimos esse rombo com mais impostas. A base para a cassação política está nas pesquisas populares, 7% de aprovação do seu governo.

Fora toda essa lama, que envolve o corpo e a alma da Dillma, ainda temos a busca deslavada pelo chefe da gangue, como um messias da política, em promover acordo de salvação. O PT não cassa o mandato de Eduardo Cunha, presidente da Câmara Federal, e ele, gentilmente, não dá prosseguimento ao pedido de impeachment da presidente. Assim como fez com o Renan Calheiros, que inclusive se mostrou atuante para a salvação do governo e do País com o programa “Avança Brasil”, só que ninguém sabe para onde, desconfio que é para o precipício. Acho que com o Cunha teremos um programa “Amor de Brasil”, todos em paz e beijinhos nos ombros. Oscar Niemayer errou em seu projeto ao colocar os corredores dos prédios do Congresso por baixo do solo porque isto inspirou o espírito de ratazanas em boa parte dos nossos parlamentares, Suiça, cuecas, meias, caixas de whisk.. O Lulla exige caixa de Red Label nos seus camarins quando das “palestras”.

Antes de terminar, tenho que constar aqui a expertise do presidente do Tribunal Superior Eleitoral – TSE, o ilibado Tóffoli que, em uma ação incomum, solicitará a Dillma e Temer se concordam ou não em ter o ministro Gilmar Mendes como relator de quatro processos de cassação da dupla. Estes processos tramitam no TSE e a relatoria cabia a ministra Maria Tereza de Assis Moura que recusou e indicou, de acordo com a norma e como seu substituto, o ministro Gilmar Mendes. Estamos em grave situação, instituições aparelhados, engessadas, dominadas por gangues que processam seus interesses ao bel prazer e pouco ou nada se pode fazer, porque temos um povo banana, inerte pela sua ignorância do que está acontecendo e do que está por vir na sua vida.

O Brasil acabou, virou anarquia, está um salve-se quem puder. Os assaltos já são praticados até com vara de pescar. Ninguém está nem mais aí para o que é ético, moral e honesto. Já não tem medo e estão se lixando para a justiça. Quando isso chegar ao povão, teremos arrastão em todo lugar. É bem provável que isso seja uma estratégia para o Estado de exceção. Situações de emergência suspendem direitos e garantias individuais. Será que vocês entendem, povo banana?

Jornalista e Adv. Rapphael Curvo

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