domingo, 1 de março de 2015
Até o presidente e vice da Camargo Corrêa acertaram acordos de delação premiada no âmbito do Petrolão, mas o presidente da UTC, Ricardo Pessoa, ainda não abriu a boca, muito embora tenha mandado seus advogados passarem notícias para Veja de que faria isto. Veja já publicou duas reportagens - semana passada e retrasada - mas nada saiu. Aos procuradores do Ministério Público Federal, Pessoa prometeu entregar até mesmo o ministro da Defesa, Jaques Wagner, que na foto ao lado aparece numa inauguração da empreiteira na Bahia, quando ele era governador, mas continua poupando Lula e Dilma. Sem abrir tudo, o Ministério Público Federal não topa aceitar a delação premiada. A estratégia dos advogados de Ricardo Pessoa de vazar para a imprensa o conteúdo de sua eventual confissão deu certo. Uma semana atrás, Veja revelou que quem procurou os advogados do dono da UTC foi José Eduardo Cardozo, e não o contrário. Ontem a Veja explicou como se deu o aliciamento ministerial: “Segundo executivos da UTC, para estabelecer um canal direto e seguro com os defensores da empreiteira, o ministro Cardozo recorreu a Flávio Caetano, secretário nacional de Reforma do Judiciário, que foi coordenador jurídico da campanha de Dilma Rousseff no ano passado. Caetano é velho conhecido dos advogados da UTC, Sérgio Renault e Sebastião Tojal, com quem chegou a trabalhar. Nos dias que antecederam o misterioso encontro de Sérgio Renault com Cardozo em Brasília, Caetano telefonou para Tojal para avisar que o ministro desejava encontrá-los". A prisão preventiva tem sido fundamental para a Lava Jato, como se viu no caso dos executivos da Camargo Corrêa que, antes de ontem, aceitaram colaborar com os procuradores. Espera-se que o mesmo se dê com Ricardo Pessoa.
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