terça-feira, 29 de julho de 2014

OCDE AFIRMA QUE EMERGENTES AINDA CONTINUARÃO LONGE DOS PADRÕES DOS PAÍSES RICOS


Posted: 28 Jul 2014 07:25 PM PDT
Após o forte crescimento das décadas anteriores, os mercados emergentes desaceleram nos últimos anos e não conseguirão atingir o nível de renda dos países desenvolvidos caso não promovam reformas profundas. O diagnóstico é do estudo Perspectivas para o Desenvolvimento Global da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). Enquanto países como China, Casaquistão e Panamá estão no caminho para atingir o nível médio de renda dos mais avançados, outras economias - como Brasil, Colômbia, Hungria, México e África do Sul - levariam muito mais tempo se o ritmo atual for mantido. "Muitos dos países de classe média mais alta que, esperávamos, alcançariam as economias avançadas até meados deste século, não vão conseguir isso com base no ritmo de crescimento atual", disse o secretário-geral da OCDE, Angel Gurría, na abertura do 6º Fórum Global de Desenvolvimento, realizado este mês na França. "Elevar a produtividade ajudaria a fortalecer o crescimento e diminuir a diferença nos padrões de vida desses países em relação às economias avançadas de maneiras mais rápida", complementou. O estudo tem um capítulo inteiro dedicado ao países do Briics (Brasil, Rússia, Índia, Indonésia, China e África do Sul), no qual os autores afirmam que a produtividade da mão de obra e a produtividade total dos fatores - que reflete o quanto a economia produz com a mesma quantidade de capital e horas trabalhadas - ainda estão consideravelmente abaixo daquelas dos países desenvolvidos. Todos os Briics têm níveis de produtividade de cerca de 10% ou menos dos níveis dos Estados Unidos. No Brasil, esse porcentual caiu de 12,1% em 2000 para 11,1% em 2008, sendo 7,4% no setor manufatureiro e 11,8% em serviços. Mesmo com o crescimento econômico robusto dos anos 2000, a produtividade brasileira praticamente se estagnou na última década e esse é um dos principais fatores que colaboram para que a atividade não consiga retomar a força no País, avalia o estudo.

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