http://g1.globo.com/natureza/blog/mundo-sustentavel/1.html
Os caras vêm do outro lado do mundo para ver a seleção japonesa disputar uma Copa no Brasil. Perdem o jogo de estreia de virada para a Costa do Marfim e, para surpresa (talvez a expressão mais correta seja perplexidade) dos brasileiros presentes na Arena Pernambuco - e tantos outros torcedores de sabe lá quantas nacionalidades pelas redes sociais -, resolvem, ao final da partida, espontaneamente, coletar o próprio lixo no estádio.
Munidos de sacolas plásticas azuis - levadas por eles para esse fim - os japoneses se esmeraram em deixar impecavelmente limpas as partes do estádio ocupadas pela torcida nipônica.
Não foi uma ação de marketing, flash mob ou exibicionismo barato.
Foi apenas a expressão de uma cultura admirável, onde o senso comum indica o gerador do resíduo como o principal responsável pela sua destinação final.
Em outras palavras: não importa se a Arena Pernambuco dispõe de uma equipe de limpeza que deixará o estádio limpo após a partida. Para quem veio da Terra do Sol Nascente, essa questão é absolutamente irrelevante. Quem suja deve limpar. Simples assim.
Quantos de nós se surpreendeu com esse gesto?
Quantos seríamos capazes de fazer a mesma coisa, principalmente depois de uma derrota de virada na estreia da Copa?
Foi um ippon moral.
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