Do Repórter Sindical
A fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego, em conjunto com o Ministério Público do Trabalho, resgatou 111 operários em condições análogas à escravidão em alojamentos precários da construtora OAS nos arredores do Aeroporto de Guarulhos. Os trabalhadores estavam sendo explorados nas obras de construção do Terminal 3.
De acordo com o Ministério Público, eles passavam fome e frio nos alojamentos, onde não havia colchões nem cobertores. “Os trabalhadores não estavam alimentados, nem estavam vestidos corretamente”, relatou o auditor do Trabalho Renato Bignami, descrevendo a situação nos 11 alojamentos flagrados em três operações de fiscalização entre 6 e 21 de setembro.
Oriundos de Pernambuco, Piauí, Maranhão e Bahia, os operários foram aliciados em seus Estados de origem por funcionários e “prepostos” da construtora, com a promessa de salários de R$ 1.400,00 mensais.
A OAS e o consórcio GRU Airport, que administra o aeroporto, tiveram bens bloqueados pela Justiça do Trabalho no valor de R$ 15 milhões.
RETORNO
A OAS, que detêm 24,4% do capital social do consórcio Invepar, vencedor do leilão do aeroporto de Guarulhos, também teve de pagar R$ 700 mil a título de verbas rescisórias, indenizações e custeio da hospedagem e despesas de transporte para o retorno dos trabalhadores para suas casas.
“Todos foram devolvidos a seus Estados às custas da empresa. Além das multas a OAS poderá ter seu nome incluído no cadastro de empresas que utilizam trabalho escravo”, afirmou Bignami.
Transcrito do Blog Tribuna de Imprensa
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