Jamil Chade, Estadão
Paraíso fiscal não tem acordo de extradição com o Brasil
O ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, pede sua residência no principado de Andorra. A informação foi divulgada na noite de hoje pela Radio Catalunya, depois que a reportagem do Estado revelou que um terço da renda dos amistosos da seleção brasileira acabava em contas em Andorra e numa conta em nome de Sandro Rosell, amigo de Teixeira e hoje presidente do Barça.
Segundo a rádio, Teixeira já deu entrada na documentação para ser residente de Andorra, o que significa que, a cada ano, terá de passar 150 dias no principado entre a França e Espanha e conhecida por ser um paraíso fiscal.
Para que seja aceito, Teixeira teria de depositar pelo menos 400 mil euros nas contas de um banco do principado. Mas, segundo a radio, ele estaria negociando transladar ao paraíso fiscal cerca de 4,9 milhões de euros.
Vivendo em Andorra, Teixeira não teria como ser extraditado ao Brasil caso seja convocado pela Justiça do pais. Andorra e Brasília não contam com um acordo de extradição.
Na semana passada, o Estado revelou uma série de informações exclusivas sobre Teixeira e como esquemas dentro da CBF permitiam que os amistosos da seleção fossem usados para desviar recursos da CBF para contas de amigos do cartola. Entre eles está Rosell, presidente do Barça.
A reportagem também revelou como, em 2010, a Justiça suíça constatou que Teixeira recebeu milhões de euros em propinas de empresas ligadas à Fifa justamente em contas em Andorra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário