segunda-feira, 8 de julho de 2013

Combate à degeneração do cérebro


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Em Israel, supelmento alimentar combate doenças degenerativas do cérebro. Segundo descoberta de pesquisadores israelenses, um suplemento nutricional é capaz de retardar o avanço do Mal de Parkinson e Síndrome de Riley-Day.
Muitos idosos já tomam o composto de fosfatidilserina para aumentar a cognição e retardar a perda de memória. Há mais boas novas a respeito desse suplemento natural saindo de uma universidade israelense: a fosfatidilserina parece aprimorar o funcionamento dos genes envolvidos nas doenças degenerativas do cérebro, incluindo o Mal de Parkinson e a Síndrome de Riley-Day. Produzida da carne de gado, ostras e soja, e já aprovada pelo órgão de fiscalização americano Food and Drug Administration, a fosfatidilserina contém uma molécula essencial para transmitir sinais entre as células nervosas e o cérebro.
A equipe, liderada pelo Prof. Gil Ast e o Dr. Ron Bochner do departamento de genética molecular da Universidade de Tel Aviv decidiu testar a mesma substância, que é sintetizada naturalmente pelo corpo e tem conhecida capacidade de aumentar a memória, poderia influenciar a mutação genética que leva à Síndrome de Riley-Day — doença rara do sistema nervoso que acomete judeus asquenazes. Quando o suplemento era aplicado a células tiradas de pessoas com a Síndrome de Riley-Day e em camundongos com a doença, a função dos genes era aprimorada e as células começavam a produzir a proteína-chave que falta nos pacientes com Síndrome de Riley-Day. As descobertas da equipe israelense foram publicadas no início do ano no Human Molecular Genetics.
A maioria das medicações entra no corpo pela corrente sanguínea, mas não passa pela barreira entre o sangue e o cérebro. É isso que torna essa descoberta especialmente significativa. “Observar esse efeito no cérebro – o órgão mais importante para essa doença – mostra que o suplemento é capaz de romper a barreira sangue-cérebro, mesmo quando administrado oralmente, e acumular-se em quantidade suficiente no cérebro”, conta Ast.
Diminuição da morte de células nervosas
A equipe de Ast e Bochner aplicou um suplemento derivado de ostras, fornecido pela empresa israelense Enzymotec, em células coletadas em pacientes com a Síndrome de Riley-Day. Com o sucesso nos resultados, eles testaram o mesmo suplemento em camundongos com Síndrome de Riley-Day, com a mesma mutação genética que causa a síndrome em humanos. Os camundongos receberam o suplemento oralmente, a cada dois dias por um período de três meses. Os pesquisadores conduziram testes genéticos prolongados para avaliar os resultados do tratamento.
“Descobrimos um aumento significativo de proteína em todos os tecidos do corpo”, relatou Ast. “O suplemento não fabrica novas células nervosas, mas retarda a morte das células existentes.” A fosfatidilserina não apenas influenciou os genes associados com a Síndrome de Riley-Day, mas também alterou o nível de 2.400 genes – centenas dos quais foram associados ao Mal de Parkinson em estudos anteriores. Os pesquisadores acreditam que o suplemento possa ter um impacto benéfico em várias doenças degenerativas do cérebro. De sete a 10 milhões de pessoas no mundo vivem com o Mal de Parkinson. Já a Síndrome de Riley-Day é mais rara: afeta menos de 1.000 pessoas, com um terço deles vivendo em Israel e outro um terço em Nova Iorque.

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