sábado, 11 de maio de 2013

Dilma Rousseff explica o segundo emprego de Afif Domingos



“Não vou renunciar ao cargo de vice-governador porque fui eleito”, reincidiu Guilherme Afif Domingos nesta sexta-feira. Mais uma tapeação de quinta categoria.
Em 2010, o eleito foi Geraldo Alckmin, que voltou ao Palácio dos Bandeirantes com o apoio de uma aliança antipetista. Brasileiro vota no cabeça de chapa. Vice vem na garupa.
Afif não foi escolhido pelos eleitores, mas pelos pajés do DEM oposicionista ─ que depois trocaria pelo invertebrado PSD.
Sem ficar ruborizado, o 39° ministro de Dilma Rousseff alega que resolveu continuar no posto que abandonou para não decepcionar os eleitores atraiçoados, que já lhe riscaram a testa com a marca da infâmia.


Quem ouve Afif sem se sentir nauseado deve ter achado muito claro e convincente o palavrório despejado por Dilma Rousseff para justificar a engorda do primeiro escalão.
“E por que um novo ministério?”, perguntou a presidente na cerimônia de posse em que Afif ensinou como deve beijar a mão da dona quem acabou de juntar-se à criadagem da casa-grande. Em países que fazem sentido, a resposta à própria pergunta induziria um bebê de colo a imediata internação da declarante num hospício de segurança máxima.
“No Brasil nós temos de ter e de reconhecer que é necessário um processo de expansão para depois abrir um processo de redução e assinamento”, desandou a Doutora em Nada.
O Brasil que resiste à Era da Mediocridade ficaria menos perplexo se os dois parceiros contassem a verdade. Como sabe até a caxirola que a madrinha dos inventores de araque ganhou de Carlinhos Brown, Afif foi incorporado à multidão de ministros porque contrato é contrato.
Numa das cláusulas do acordo costurado por Dilma e Gilberto Kassab, ficou combinado que parte do aluguel do PSD seria paga com o repasse de um pedaço do primeiro escalão (cofres incluídos) ao ex-adversário que hoje não é de esquerda, nem de direita e nem de centro; é do governo, qualquer governo.
O resto é conversa de 171, número que rima tanto com o vendedor que não diz o que sabe quanto com a compradora que não sabe o que diz.

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