segunda-feira, 20 de maio de 2013

COMO (NÃO?) FUNCIONAM OS GOVERNOS DO PT



Giulio Sanmartini
Uma das mais lúcidas  inteligências brasileiras do Século XX, foi    a do diplomata, economista e também político Roberto de Oliveira Campos (1917/2001).
De uma feita, quando perguntada sua opinião dobre o Partido dos Trabalhadores, respondeu de forma rápida, aguda e brilhante: “O PT é um partido onde os trabalhadores não trabalham, os estudantes não estudam e os intelectuais não pensam”.
Lula e João Cândido
Lula e João Cândido
Roberto Camponão viu o PT chegar ao poder, mas hoje pode-se constatar que a definição dada por ele é muito mais ampla.
O petista é um governo onde a transposição é paralítica, o pré-sal é insosso, a   auto-suficiência da produção petrolífera  é feita com petróleo importado, o trem bala é construído com cartuchos de pólvora seca e fabrica navios que não flutuam.
É sobre esse último item que vou escrever.
No dia 7 de maio de 2010, ao lado de Dilma Rousseff, candidata escolhida para sucedê-lo, o então presidente Lula, foi ao Porto de Suape (PE) festejar o lançamento do navio petroleiro João Candido, que foi classificado como o símbolo do ressurgimento  da industria naval brasileira, pois foi produzido pelo Estaleiro Atlântico Sul (EAS), incorporada ao Programa de Modernização e Expansão de Frota da Transpetro (Promef) e incluída no ranking das proezas históricas do PAC.     
Lula como de hábito exagerou no  ufanismo insano que o acompanha; afirmou que, durante muito tempo, o Brasil foi conhecido internacionalmente apenas pelo futebol, pelo carnaval e pela violência e que projetos como o da Promef, têm mudado essa realidade:
“Duvido que algum empresário, algum embaixador brasileiro, já teve em algum outro momento tanto orgulho de dizer lá foram que é brasileiro. Hoje temos empresas no Canadá, nos Estados Unidos e fico orgulhoso por que cada empresa brasileira nesses países é um pedacinho do Brasil fincado lá”.
Mas o embandeirado casco vistoso casco do João Cândido (foto), criminosamente escondia soldas defeituosas e tubulações que não se encaixavam, além de um rombo cujas dimensões prenunciavam o desastre iminente. Se permanecesse mais meia hora no mar, Lula seria transformado no primeiro presidente a inaugurar um naufrágio. Continua estacionado no litoral pernambucano desde o dia do nascimento.
A Petrobras, que controla a Transpetro (dona do navio), além de não saber quando o João Candido vai navegar de verdade,  alegou que os defeitos de fabricação só podem ser consertados no exterior.
Este é um retrato da incompetência petista, que para piorar tudo vem emoldurada por uma corrupção jamais vista.
Fatos que vem contrariar o título do ensaio escrito pelo austríaco  Stefan Zweigt (1881/1942), “Brasil, país do futuro”, impresso no final da primeira metade dos anos 1900, pouco antes de tirar-se a vida, na cidade fluminense de Petrópolis, onde vivia como foragido do anti semitismo nazista. 
(*) Texto de apoio: Júlia Rodrigues

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