Reforma de cobertura em Curitiba levou dois anos
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Ter um arquiteto no casal costuma facilitar as coisas quando se trata de comprar uma casa e realizar uma reforma. Mas nem essa vantagem impediu que Diego Freire e Adriana Nakamura – ele, empresário, ela, arquiteta – tivessem dificuldades ao transformar em loft uma cobertura dúplex de cerca de 1.150 m², localizado no quarto andar de um edifício da década de 1980 no bairro Água Verde, em Curitiba, PR. A dupla teve de esperar dois anos – de 2009 a 2011 – para finalmente chamar a sonhada morada de lar, doce lar. No caminho, muitas paredes derrubadas e diversas rixas com os vizinhos.
Também pudera, a dupla praticamente demoliu todo o apartamento e começou tudo do zero. Para se ter uma vaga ideia da trabalheira, a obra precisou de mais de 120 caçambas de 7 toneladas de entulho cada, retiradas pela escada. “Não tinha como colocar um guincho elétrico, e o antigo elevador de uso exclusivo do apartamento ainda não estava recuperado. Outro problema que enfrentamos foi com a grande piscina, que precisou ser içada por guindaste pela parte externa do edifício. Uma centena de pessoas chegou a parar na rua para acompanhar a ação”, conta Adriana.
Vizinhos chegaram a desligar a eletricidade do apartamento quando o trabalho de finalização do piso de concreto invadiu uma madrugada. A proprietária, inclusive, afirma ter sido denunciada a uma série de órgãos – "CREA, Prefeitura, bombeiros etc." – na tentativa de interromper a obra. Como, segundo ela, toda a documentação e regulamentação foram seguidas, não houve quem parasse a reforma.
O casal não se acovardou diante dos desafios. Antes mesmo de colocarem a mão na massa, planejaram cada detalhe do loft, da arquitetura à decoração, passando pelo projeto luminotécnico. A primeira etapa foi pôr abaixo todas as paredes que dividiam os mais de 15 cômodos que havia só no andar inferior, de 470 m² de área, além dos muitos móveis arredondados feitos de concreto, como a antiga cama de casal, a mesa e a cadeira estilo canto-alemão, as prateleiras e os adornos no teto, que foram removidos.
No quesito acabamentos, os vitrais originais das janelas em forma de arco na sala de jantar foram mantidos, enquanto no piso optou-se pelo concreto usinado, em total consonância com os pilares e vigas de concreto bruto descascado e iluminação com spots e eletrodutos perfilados. No piso superior, com quase 530 m², reina o lazer. Há ali um salão de festas, churrasqueira com forno de pizza, terraço com piscina, banheiro, área de serviço e até canil com terraço. Um outro ponto alto da morada fica por conta da ampla garagem privativa, com 150 m², que fica separada do restante das vagas dos outros condôminos.Com poucas paredes e ambientes integrados, o pavimento inferior ganhou peças curinga de design: cadeiras de acrílico transparente Louis Ghost, de Philippe Starck, ao redor da mesa de jantar; poltronas Coconut, de George Nelson, e Ball, de Eero Aarnio; La Chaise branca dos Eames; e sofá LC3 cinza de Le Corbusier. O andar agora conta com suíte com closet e banheira de hidromassagem, sala com três ambientes amplos, salas de jantar, games e TV, home office com copa, e espaço gourmet que interliga todas as salas, além de adega e hall de entrada com roupeiro.
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