21/01/2013
Plínio Zabeu
Nosso país conta atualmente com 197 escolas médicas que formam 17 mil novos médicos por ano. Somos pelo menos 370 mil profissionais da saúde em atividade. Além disso, em escolas precárias na Bolívia são mais 20 mil estudantes brasileiros se “preparando” para a profissão no Brasil. A qualidade dessas escolas é baixíssima e seus formandos esperam que políticos demagogos no Brasil acabem de vez com a prática chamada revalida, ou seja, para que eles possam desempenhar a função no país, necessitam passar por exame de capacitação. Até agora, apenas 2% deles foram aprovados. Entre os que se formam aqui também a qualidade precisa ser muito melhorada. Por determinação do CRMESP (Conselho Regional de Medicina) todos os médicos formados no Estado de São Paulo em 2012 foram obrigados a passar por exame de suficiência para registro do diploma. Mesmo os que foram reprovados (45%) garantiram o direito de exercer a profissão.
Mas há tempos o CFM (Conselho Federal de Medicina) vem se preocupando com a qualidade da medicina que tem sofrido queda acentuada por falta de material, suporte financeiro, treinamento, capacitação e sobretudo uma regulamentação definitiva da profissão. O projeto apresentado no Senado em 2002 foi agora aprovado e resta a sanção presidencial.
A nova lei fará a regulamentação definitiva da profissão sem prejuízo de outros profissionais que também atuam no setor. Há necessidade urgente de investimentos governamentais em todos os níveis, para que a qualidade dos formandos seja suficiente para uma medicina de qualidade sem os percalços que a imprensa mostra com freqüência assustadora. O ministro da educação acha que são necessárias mais e mais escolas, sem se preocupar com a qualidade. Para ele interessa apenas e tão somente a quantidade.
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