sábado, 25 de agosto de 2012

MENSUALÓN


Magu
Os leitores talvez imaginem que o Mensalão é criação brasileira. Não é não! O nosso é pura cópia. Políticos filhos da puta também não são exclusividade brasileira, como poderiam pensar.
Em 1999/2001, o governo argentino, sob o comando do presidente Fernando De La Rua (foto), precisava de apoio de senadores peronistas (que eram oposição) para facilitar  e aprovar a reforma trabalhista que era exigida pelo FMI, para dar seqüência aos empréstimos. Os “legisladores” pediram dinheiro para apoiar a lei. Foi montada uma operação de suborno em que saíram dos cofres da Secretaria de Inteligência (Side) o valor de 5 milhões de pesos. Mas sempre tem um que, quando o rabo esquenta muito, abre a boca. Mario Pontaquarto, que foi o portador do dinheiro aos políticos, foi o delator do esquema, considerado no país dos hermanos como “o caso de corrupção institucional mais grave desde o retorno à democracia, em 1983″.
O caso está no Tribunal Oral Federal nº 3, em Buenos Aires, capital da Argentina, e o juiz Delgado conceituou que o então presidente teria dado o aval para o pagamento da propina.
Nosso Inimputável Imperador Etílico de Caetés nem foi original. Vejam a defesa de De La Rua:  Posso garantir que nenhum conhecimento ou participação pode ser atribuído a mim. Mas, examinando o caso, os subornos não existiram. Só faltou mesmo dizer que o traíram… BINGO!
Apesar de aparentar calma, De La Rua pode ser condenado a 10 anos de prisão por “corrupção ativa agravada e desvio de fundos públicos. Santa periquita, parece que vamos passar mais uma vergonha perante nossos hermanos, porque eles julgam ex-presidentes. Nós não!
(1) Em espanhol, mensal se diz mensual.
(2) Fonte: Bandnews e Correio Brasiliense.

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