15/12/2012
Giulio Sanmartini
O torneiro mecânico, depois líder sindical, Luiz Inácio Lula da Silva, comandou sua primeira greve em 13 de março de 1979, quando 80 mil metalúrgicos em greve ocupavam o gramado e as arquibancadas do estádio da Vila Euclides, em São Bernardo do Campo.
Num tempo que as greves eram proibidas sua ousadia o fez imediatamente um nome nacional, daí entrar para a política, tentando vôos muito mais altos, foi um passo.
No dia 10 de fevereiro foi fundado oficialmente o Partido dos Trabalhadores – PT, que entrou na política nacional avocando-se a posse da ética e da honestidade.
No dia 1° de janeiro o Partido dos Trabalhadores assumiu o governo do país, através da eleição de Lula para presidente da República.
Passou pouco mais de um ano (13/2/2004), quando surgiu o primeiro escândalo que foi chamado dos Bingos, em que Waldomiro Diniz, assessor do ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu, estava extorquindo empresários com a finalidade de arrecadar fundos para o Partido dos Trabalhadores. Depois disso, até o ano de 2010, último do presidente Lula, os escandândalos foram acontecendo como um irrefreável “tsunami” (onda anômala). No período de 8 anos os ecândalos somaram 102, ou seja pouco mais de um por mês. Desse forma ficou provado que o PT, somente era ético e honesto por falta de acesso à corrupção.
Mesmo estando no olho do furacão, Lula, escorregadio como uma neguia, sempre ficou à margem dos acontecimentos.
Mas sua farsa agora cabou, todos estão convencidos que ele sempre agiu por interesses pessoais. Dora Kramae mostra que sua hora está próxima: “Ás do volante na ultrapassagem de obstáculos, o ex-presidente Luiz Inácio da Silva agora está diante de um quase intransponível: a abertura de inquérito policial para investigar as denúncias feitas por Marcos Valério Fernandes de Souza à Procuradoria-Geral da República, apontando Lula como ator principal do mensalão.
Se o operador do esquema disse a verdade ou se mentiu não é algo que possa ser revolvido com negativas, tentativas de desacreditar o acusador ou acusações sobre conspirações de natureza política. (…)
Se o operador do esquema disse a verdade ou se mentiu não é algo que possa ser revolvido com negativas, tentativas de desacreditar o acusador ou acusações sobre conspirações de natureza política. (…)
Agora o Ministério Público tem dois caminhos: arquivar o caso ou pedir ao Supremo que determine abertura de investigação.
Para arquivar, no entanto, é preciso que não reste dúvida sobre a existência de indícios de que houve crime. E os vestígios estão presentes em pelo menos um dos episódios narrados por Marcos Valério.
É o caso do depósito de “cerca de R$ 100 mil” na conta da empresa Caso, segundo Valério, para pagar despesas pessoais do então presidente da República.
Na quebra de sigilo ordenada pela CPI dos Correios, em 2005, aparece o registro de R$ 98.500 depositados na firma de propriedade de Freud Godoy assessor direto de Lula, coordenador de segurança de suas quatro campanhas presidenciais e até 2006 com sala no Palácio do Planalto.
Um personagem complicado, obrigado a se demitir quando foi apontado por um dos “aloprados” presos com dinheiro para compra de dossiê contra adversários políticos como o mandante do negócio. (…).
Para arquivar, no entanto, é preciso que não reste dúvida sobre a existência de indícios de que houve crime. E os vestígios estão presentes em pelo menos um dos episódios narrados por Marcos Valério.
É o caso do depósito de “cerca de R$ 100 mil” na conta da empresa Caso, segundo Valério, para pagar despesas pessoais do então presidente da República.
Na quebra de sigilo ordenada pela CPI dos Correios, em 2005, aparece o registro de R$ 98.500 depositados na firma de propriedade de Freud Godoy assessor direto de Lula, coordenador de segurança de suas quatro campanhas presidenciais e até 2006 com sala no Palácio do Planalto.
Um personagem complicado, obrigado a se demitir quando foi apontado por um dos “aloprados” presos com dinheiro para compra de dossiê contra adversários políticos como o mandante do negócio. (…).
Lula poderá de novo alegar que não sabia de nada?
Poderá, mas desta vez há personagens notórios demais, detalhes verossímeis demais e um arsenal imponderável demais nas mãos de um homem que, além de não ter nada a perder, não esquece os maus bocados vividos em experiência traumática na cadeia”. (leia mais Língua nos dentes 12/12).
Poderá, mas desta vez há personagens notórios demais, detalhes verossímeis demais e um arsenal imponderável demais nas mãos de um homem que, além de não ter nada a perder, não esquece os maus bocados vividos em experiência traumática na cadeia”. (leia mais Língua nos dentes 12/12).
Freud Godoy e Lula na Granja do Torto
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