O Estadão publica hoje uma reportagem de Lourival Sant’Anna que merece ser lida com cuidado. Vocês vão entender por quê. Reproduzo um trecho. Prestem atenção!
Assessora de Assad esteve secretamente no BrasilBussaina Shaaban, principal assessora pessoal do presidente sírio, Bashar Assad, esteve secretamente em São Paulo, no Rio e em Buenos Aires, no fim de novembro. Não cumpriu nenhuma agenda oficial, nem com o governo brasileiro nem com os diplomatas sírios nem com as entidades que representam a comunidade síria no Brasil. Bussaina conversou com grandes empresários sírios no Brasil – alguns com atividades legais, outros, mais obscuras – sobre a possibilidade de transferir pessoas e grandes quantidades de dinheiro da Síria para cá. A missão secreta de Bussaina coincide com a notícia, publicada pelo jornal israelense Haaretz, de que o vice-chanceler sírio, Faiçal Mekdad, esteve na semana retrasada em Cuba, Venezuela e Equador, averiguando a possibilidade de Assad exilar-se em um desses países.
Em comum com o Brasil e a Argentina, os governos das três nações ostentam simpatia pelo regime de Assad, embora o Itamaraty tenha, nos últimos meses, mantido uma posição mais reservada sobre o tema. A própria Rússia, parceira do Brasil nos Brics (junto com Índia, China e África do Sul), e aliada da Síria, onde mantém sua última base naval no Oriente Médio, está distanciando-se de Assad, diante das evidências de que seus dias estão contados.
Duas fontes, uma de oposição e outra favorável ao regime, confirmaram ao Estado a vinda secreta de Bussaina. De acordo com a fonte que apoia Assad, a assessora do presidente veio fazer tratamento médico em São Paulo. O que não explicaria por que ela esteve também no Rio e em Buenos Aires. (…) Os movimentos de Assad e de seu círculo íntimo na direção de uma fuga da Síria coincidem com avanços do Exército Sírio Livre (ESL) sem precedentes em 21 meses de rebelião na Síria, que resultam numa asfixia econômica do governo e num cerco militar das forças leais. De acordo com fontes sírias ouvidas pelo Estado, o ESL tomou entre 30 e 35 bases do Exército perto de Damasco, num raio de 30 a 5 km do centro da capital, 3 bases aéreas e 12 instalações antiaéreas. Na avaliação dessas fontes, as forças terrestres leais ao regime estão muito reduzidas, a ponto de “200 combatentes” serem capazes de ocupar, pelo menos por um tempo, uma instalação estratégica. Os insurgentes já chegaram a até 500 metros da pista do Aeroporto de Damasco, que está fechado, e forma forçados a recuar, mas mantêm um cerco a seu redor. Com o uso de granadas e foguetes portáteis, neutralizaram 37 aviões no solo.
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VolteiComo o mundo era muito complexo e depois foi ficando mais complicado, sabem os leitores que não sou exatamente um entusiasta do que se passa na Síria – o que se estende a toda a dita “Primavera Árabe”. Assad já era! O melhor – ai, ai… – que pode acontecer ao país é cair nas mãos da Irmandade Muçulmana, depois que esta vencer o embate interno, e vencerá, com os jihadistas. Dito isso, avancemos. Assad, qualquer que seja a motivação e os métodos dos que se opõem a ele, é um tirano asqueroso, um facínora. A sua queda é uma boa notícia em si, sem que isso implique uma visão otimista sobre o que virá depois. O risco de um confronto religioso também sangrento no país é grande. De volta ao cerne da notícia do dia.
Como se vê, o Brasil é um potencial destino do dinheiro sujo de Assad e de seu bando. Vejam as demais nações que estão no grupo: Cuba, Venezuela, Equador e… Argentina! São países governados hoje por delinquentes políticos. O que Banânia faz aí? Bem, o governo petista andou ajustando suas posições em relação ao governo sírio, mas Assad tem Dilma Rousseff – na verdade, o PT – como uma aliada. E essa proximidade não é de hoje.
Em 2007, o então presidente do PT, Ricardo Berzoini, assinou um acordo de cooperação com o partido Baath, de Assad, cujo nome completo é “Partido Baath Árabe Socialista”. O tal acordo com o partido do carniceiro incluía sete compromissos, dentre os quais se destacavam os seguintes: incentivar a troca de visitas, coordenar os pontos de vista quando os partidos estiverem presentes em congressos e fóruns regionais e internacionais, promover a troca de publicações e de documentos partidários importantes e fortalecer a cooperação entre organizações populares e representantes da sociedade civil para intercâmbio de experiências.
É isso aí… Assad, como a gente nota, sempre foi considerado um “bom companheiro”. Imaginem se chegar, então, com as malas cheias de dinheiro…
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