Em Berlim, um jornalista quis saber se a Operação Porto Seguro surpreendera o ex-presidente Lula. O autor da pergunta já se preparava para anotar a repetição da lengalenga sobre a facada nas costas quando foi surpreendido pela resposta: “Não, não fiquei surpreso”. Grávido de irritação, Lula encerrou a conversa e foi cuidar dos problemas do mundo. Não tinha tempo a perder com um caso Rose.
Nem precisou: já dissera o suficiente. Quem não fica surpreso com um traiçoeiro ataque pela retaguarda não pode surpreender-se com nada. Não se espantou com o que fizeram a antiga parceira e os quadrilheiros que apadrinhou por conhecer intimamente a vigarista indiciada por corrupção, tráfico de influência, falsidade ideológica e formação de quadrilha.
Com uma frase de quatro palavras, o colecionador de tapas na cara do Brasil decente confessou que sabia de tudo. Sempre soube. Ou é cúmplice ou é comparsa.
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