terça-feira, 20 de novembro de 2012

VERMELHINHOS



Magu
Já lhes contei que ainda sou sindicalizado. Sindicato de funcionários públicos. O detalhe é que os sindicalistas, como não poderia deixar de ser, são vermelhinhos. A maioria ligado ao PSTU Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados, formado por rompidos com o glorioso partido™. Não tenho a menor tendência socialista, como já devem ter percebido pelos artigos. Mas é o único sindicato da minha classe, e não tenho outro para escolher. Já que não tem tu, vai tu mesmo. Em todo caso, é um sindicato que, bem ou mal, defende a classe, e continuo ligado a ele.  Mas são parcialmente responsáveis pela ascensão do molusco falante (apud Ancião). Logo após a primeira eleição do Imperador de Caetés, quando ele aplicou o golpe da contribuição de aposentadoria para os aposentados, e aumentou o tempo de trabalho para a aposentadoria, sentiram-se traídos. Ui! Só mesmo esquerdistas sonhadores poderiam ter acreditado na melifluidade mentirosa do sapo etílico e seus comparsas, agora criminosos condenados pela justiça. E pagando caro pela crença. Mas há leitores do jornalzinho do sindicato que continuam acreditando nos ideais vermelhos. É a história do velho lobo, que perde o pelo mas não perde o vêzo. Mesmo sem ter obtido licença, por não saber como, reproduzo um artigo, cujo autor deve ficar feliz em ser mais lido que o normal do jornal do sindicato. Um servidor da Justiça do Trabalho, possuidor de amplo domínio do vernáculo, e muito bem escrito. Mas é impossível deixar de notar o ranço esquerdista no fim do quarto parágrafo. O discurso é típico. Será que ele se aprofundou lendo a obra de Marx, Engels e cupinchas? E entendeu a filosofia? Confesso que não lí. Não tive saco. Só gostava dos socialistas que Marx e Engels chamavam de Utópicos: os franceses Saint-Simon, Fourier e Proudhon e o inglês Owen. O resto é História registrada, com péssimos resultados. É “fisofolia” inaplicável, comprovadamente, em virtude das falhas e ambições do próprio caráter humano. Mas eu era ginasiano, 14 anos na época, e dizem que todo jovem é socialista por natureza. Não é uma piada?
“A EPISTEMOLOGIA DO COMBATE LABORAL
Rodrigo Carneiro – Servidor da JT/Barra Funda
Há praticamente um consenso na religião, na filosofia, na política, no dia a dia e na ciência, de que a mitomania domina o tempo situado no presente. É bem verdade que semioticamente isto pode ser interpretado como virtude, sobretudo nos nichos populares afeitos a malandragem.
Quanto ao ser humano, pode-se inferir sem conjecturas, de que a cultura é fundamental para a constituição do ser. Isto requer tanto a aplicação de regras que devem ser obedecidas como a observância de que estas regras estejam filiadas a algo teleológico e não escatológico por si só.
Para isso, deve-se fazer, de forma filial e sem constrangimentos, todo um olhar panóptico nas diversas situações que estamos envolvidos, adicionados de muita interação para fins em comum. Assim sendo, é preciso sacudir a poeira! Acordo tácito não é acordo contratual (Northrop Fryes). Quando pode parecer que algo será feito e prometido tacitamente, isto poderá resultar em algo escatológico, tanto como a burocracia atual do Palácio do Planalto, de alteridade  weberiana o é. Nestas situações, devemos procurar aliados, de preferência não mercenários, e oferecer garantias de nossa parte que possam servir de forma simbiótica, incluindo-se a sociedade.
O governo não nos engana mais! Pode-se enganar a muitos por algum tempo, alguns por algum tempo mas não todos ao mesmo tempo(Lincoln). Não estamos “falando” nem do capitalismo, muito embora um economista indiano, Sen, prevê países com mais força no PIB, tornando-os mais ricos, e em contrapartida, um maior empobrecimento capital da população, ou seja, das pessoas, esta que vende seu excedente de mão de obra, dando lucro e gerando mais prelibação capitalista.
A vontade de muitos é de radicalizar essa luta, resumindo todo o trabalho que tivemos
até aqui, por isso que é tão importante termos uma cultura, que nos trará uma maior coesão que justifique nossa força. Sem isso, os excelentes trabalhos de base e de diplomacia aqui e em Brasília, serão em vão. Assim, sem a cultura, somos como soldados de papel, sem recheio e sem essência”.

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