terça-feira, 20 de novembro de 2012

PRESERVAR O PANTANAL É MAIS BARATO QUE UTILIZÁ-LO



Hélio Garcia
Quanto vale a foto da ilustração, que recebi hoje de um mineiro-pantaneiro de coração, também delinqüente geriátrico, Dr. Marcelo Fortes? Não tem preço. Preferi não escrever mais nada sobre o assunto e deixar que a brilhante entrevista de um Pesquisador da EMBRAPA (a mesma que o Governo Federal está tentando esculhambar, como tudo que foi criado de bom nesse Braziu…..ziu…..ziu……) produziu sobre o assunto. É lamentável o que vem sendo feito por baixo dos panos nesses últimos 12 anos pelos Desgovernos do País, colocando seus prepostos de m……. no Comando e Direção de Empresas competentes, tornando-as inaptas e incompetentes, por pura falta de motivação de seus técnicos e demais profissionais. Como na Educação, Infra-estrutura, Saúde e Saneamento, levaremos anos prá recuperar nossa competência em áreas nas quais antes éramos líderes, continentais e em alguns casos, mundiais, a exemplo da EMBRAPA. Triste…..muito triste……..
Autor de um estudo que estima o valor econômico total do Pantanal, o pesquisador André Steffens Moraes (foto) diz que é mais rentável para a sociedade preservar o ecossistema do que utilizá-lo para fins econômicos. Segundo ele, os benefícios ambientais possuem abrangências diferentes, por isso “os valores econômicos de um hectare de Pantanal foram classificados em benefícios privados, públicos e locais e benefícios globais. Esta classificação é útil porque cada tipo de benefício pode ser visto como correspondendo a diferentes beneficiários: o pecuarista, o governo (ou a nação brasileira) e o planejador social mundial, todos, por hipótese, buscando maximizar a utilidade do uso da terra do Pantanal”.
Na entrevista que segue, concedida por e-mail à IHU On-Line (1), Moraes explica os benefícios da conservação do ecossistema e ressalta que o Pantanal fornece serviços ecológicos locais e regionais, como a oferta de água e o controle de erosão. Em função desses benefícios públicos, ele argumenta que o governo brasileiro deveria “desestimular a conversão de áreas florestadas em pastagens e estimular sua conservação, já que os custos do desmatamento (benefícios locais privados e públicos perdidos) são de US$ 7.387/ha, enquanto que os benefícios são de apenas US$ 28,2/ha”. Os benefícios globais “incluem valores de uso direto (recreação), indireto (como regulação de gases e do clima), assim como os valores de opção e de existência, alcançando quase US$ 10.100/ha/ano. Como referência, os benefícios do desmatamento para o pecuarista foram estimados em US$ 28,2/há”. Nesse sentido, ressalta, “os benefícios externos do Pantanal alcançam US$ 10.062/ha/ano, a diferença entre os benefícios de conservar e de converter um hectare de área florestada do Pantanal. Assim, um planejador global (isto é, a comunidade internacional) deve oferecer incentivos para que o Brasil preserve o remanescente do Pantanal, e transferências acima desse valor serão necessárias para assegurar que o desmatamento seja efetivamente eliminado ou reduzido”.André Steffens Moraes possui graduação em Oceanografia Biológica pela Universidade Federal do Rio Grande – FURG, especialização em Administração Rural pela Universidade Federal de Lavras, mestrado em Economia Rural pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS, doutorado em Economia pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, aperfeiçoamento em Valoração Econômica de Recursos Ambientais pelo Center For Social And Economic Research On The Global Environment, aperfeiçoamento em Aplicação de Técnicas em Economia Ecológica pela South Florida Water Management District. Atualmente é pesquisador do Centro de Pesquisa Agropecuária do Pantanal da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Emprapa.

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